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Estado de Minas POL�TICA

Principal advers�rio de Doria � Fran�a, diz publicit�rio


postado em 27/08/2018 10:25

Depois de liderar a comunica��o da campanha � reelei��o de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo paulista em 2014, o publicit�rio Nelson Biondi, de 75 anos, assumiu o mesmo cargo no comit� do ex-prefeito Jo�o Doria (PSDB) para o Pal�cio dos Bandeirantes com uma miss�o bem mais dif�cil pela frente.

Apesar de aparecer na lideran�a da mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, com 20% das inten��es de voto, Doria tamb�m lidera no quesito rejei��o: 35% dos paulistas dizem que n�o votariam no ex-prefeito de jeito nenhum. Em 30 de julho de 2014, Alckmin tinha 50% das inten��es de voto na pesquisa Ibope para o governo do Estado.

A quest�o que surge ent�o � como o "legado" de Alckmin ser� usado na campanha de Doria para reverter esse quadro. Para tratar dessa estrat�gia, o marqueteiro Biondi e seu s�cio (e genro) Andr� Gomes, de 54 anos, receberam a reportagem na produtora da dupla em S�o Paulo, onde est� instalado o bunker da campanha de Doria.

"Quando a gente fala legado, � a duplica��o da Tamoios, o metr�, etc., n�o a pessoa f�sica do Geraldo Alckmin", responde Biondi. Para evitar que se crie algum tipo de mal-estar com o ex-governador, Gomes se apressa em dizer: "Vamos usar o Geraldo na campanha, claro".

H�, por�m, um componente que torna essa equa��o complexa. Quem lidera as pesquisas presidenciais em S�o Paulo, no cen�rio sem o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), n�o � Alckmin, mas o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Sem Lula, preso e condenado na Opera��o Lava Jato, Bolsonaro tem 22%, Alckmin, 15% e Marina, 10% no Estado que � governado h� 24 anos pelo PSDB.

Analistas apontam que esse cen�rio pode gerar um voto misto, o "bolsodoria". "O eleitor que votaria normalmente no Geraldo, mas que, por qualquer raz�o, vai votar no Bolsonaro, v� no Jo�o algu�m que parece o Alckmin l� atr�s", diz Biondi.

Gomes interv�m e avalia que, ao contr�rio do que dizem os aliados do ex-governador, o fen�meno Bolsonaro tem f�lego. "� o voto da indigna��o. Bolsonaro n�o vai desidratar. Ele � fruto de outra coisa que est� acontecendo. � o que melhor se posicionou nas redes sociais. Os eleitores dele dificilmente migrar�o."

Biondi afirma que nunca viu uma pesquisa em que um candidato tivesse 19% de inten��o de voto na estimulada e 15% na espont�nea. "Esses pulam do viaduto com ele. Quem vota no Bolsonaro � o cara que est� cansado, mas tamb�m os que n�o lembram de revolu��o, que jogaram gente de helic�ptero. Ditadura e tortura � uma coisa distante para essa juventude 'bolsonariana' que est� nas redes e vai receb�-lo nos aeroportos", diz.

Advers�rio

A quest�o que surge �: como convencer o eleitor a acreditar em algu�m que rejeita o r�tulo de pol�tico, mas deixou a Prefeitura ap�s pouco mais de um ano no cargo? "A primeira coisa � dar o discurso para quem vota nele n�o passar vergonha no bar", diz Biondi, que usa a teoria do copo meio cheio para justificar o otimismo de sua fala.

"Se a rejei��o � menor que 50%, ent�o tem mais gente disposta a votar nele. Tem mais gente porcentualmente que diz que vota no Jo�o do que n�o vota. Vamos primeiro defender o voto que ele j� tem, depois virar outros votos."

Por motivos estrat�gicos, a dupla n�o revela os argumentos que estar�o no primeiro programa de TV do hor�rio eleitoral gratuito, que ser� exibido nesta semana, mas diz que o principal advers�rio a ser batido no primeiro turno � o atual governador, M�rcio Fran�a (PSB), que apareceu com apenas 5% das inten��es de voto no Ibope, ante 18% de Paulo Skaf (MDB).

"O M�rcio disputa no mesmo campo que o nosso. Ele vai se apropriar de 24 anos de governos do PSDB, vai dizer que passou pela crise, que as obras continuaram e que hoje as contas est�o no azul", avalia Biondi. "Ele quer assumir um legado que n�o � dele", completa o s�cio do publicit�rio.

O racioc�nio � simples: Fran�a tem espa�o para crescer usando o que deu certo nos governos tucanos, mas n�o carrega a estafa de material do PSDB, que est� h� 24 anos no poder.

"Skaf tem um teto que n�s sabemos qual �. N�o vai passar de 22%. N�o vai subir", avalia Gomes. Caso o cen�rio torne inevit�vel um embate direto entre Doria e o emedebista, a dupla j� tem no gatilho uma "bola de ferro" para amarrar no p� do advers�rio: o selo de candidato do presidente Michel Temer (MDB), "o mais impopular da hist�ria".

Campanhas

Nelson Biondi � o �nico marqueteiro da velha guarda que est� atuando na campanha paulista. � tamb�m o �nico que n�o rejeita o r�tulo de "marqueteiro". Sua primeira campanha foi em 1985, quando elegeu J�nio Quadros prefeito da capital ap�s Fernando Henrique Cardoso, ent�o candidato do PMDB, sentar antes da hora na cadeira. Depois comandou as campanhas de Paulo Maluf em 1990 (governador) e 1992 (prefeito) e de Celso Pitta em 1996.

Em 2002, atuou na campanha presidencial de Jos� Serra e, em 2014, assumiu o marketing de Geraldo Alckmin, candidato a governador. "Vejo os caras falarem que precisa dar uma chacoalhada no Geraldo. N�o adianta. Se chacoalhar ele fica confuso." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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