O candidato do MDB � Presid�ncia da Rep�blica e ex-ministro da Fazenda do Governo Temer, Henrique Meirelles, defendeu nesta quarta-feira, 29, a simplifica��o tribut�ria, com a redu��o do n�mero de impostos, e criticou o excesso de burocracia no Pa�s. "As empresas brasileiras gastam, em m�dia, 2.600 horas por ano para pagar impostos", afirmou o candidato durante o encontro de presidenci�veis promovido pela Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA), em Bras�lia. Meirelles voltou a dizer que a reforma da Previd�ncia � uma das suas prioridades para reduzir o d�ficit fiscal do Pa�s.
Sobre o agroneg�cio, o candidato afirmou que o setor tem "representado o que temos de excel�ncia na economia brasileira". "Mesmo em momento em que o Pa�s vai mal o setor agr�cola vai bem", disse.
Em rela��o ao cr�dito rural, o candidato falou que deve priorizar a redu��o da taxa de juros, como j� vem acontecendo, e que esta medida pode viabilizar a expans�o do cr�dito rural. Al�m disso, Meirelles afirmou que quer regulamentar as chamadas Fintechs. "Temos de aumentar a oferta de institui��es financeiras", disse.
Ainda sobre as demandas do setor, o candidato afirmou que, em rela��o ao mercado externo, haver� frente uma dura negocia��o com a Uni�o Europeia. Nos �ltimos anos, o bloco europeu imp�s restri��es comerciais a alguns importantes produtos agr�colas da pauta comercial, como � o caso da carne de frango do Brasil.
Ele comentou ainda sobre a import�ncia da China para as exporta��es brasileiras e afirmou que � preciso criar todas as condi��es para que o Brasil ganhe cada vez mais espa�o. Meirelles disse ser necess�rio promover produtos de valor agregado. Ele tamb�m falou que n�o deve haver imposto sobre as exporta��es.
Sobre a atra��o de investimento estrangeiro ao Pa�s, criticou advers�rios que falam sobre a retomada de �reas do pr�-sal. "� uma atitude que faz o investidor estrangeiro ficar com o p� atr�s", disse.
O candidato foi questionado sobre a defesa agropecu�ria nas fronteiras secas do Pa�s com os demais pa�ses da Am�rica do Sul. Para Meirelles, a defesa deve ser feita com alta tecnologia, com o monitoramento via sat�lite das fronteiras, interven��o r�pida do governo em casos de crises e miss�es diplom�ticas com os pa�ses vizinhos. "Temos de integrar �reas do governo, desde o Minist�rio da Agricultura at� a Fazenda e a Pol�cia Federal", disse.
Temer ou Lula
Questionado sobre o fato de pouco citar o nome de Michel Temer em sua campanha, ele afirmou que n�o � preciso dizer o nome do seu correligion�rio porque ele j� � o atual o presidente e, por isso, j� est� constantemente em evid�ncia.
Meirelles tem citado o nome do ex-presidente Lula em sua campanha. "O mundo n�o se divide entre aqueles que gostam do Lula ou n�o, dos que gostam do Temer ou n�o, dos que gostam do FHC ou n�o. Se divide entre aqueles que trabalham quando o Brasil precisa e aqueles que n�o trabalham", afirmou.
O candidato atuou nos oito anos do governo Lula como presidente do Banco Central, de 2003 a 2010. "Muita gente n�o se lembra ou n�o tem conhecimento de que quem comandava a economia na �poca era eu", disse. "� muito importante chamar a aten��o disso sim", afirmou, dizendo que a economia cresceu no per�odo.
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