Representantes da Igreja do Evangelho Quadrangular e Testemunhas de Jeov� de Montes Claros (MG) negaram estar financiando a defesa de Adelio Bispo de Oliveira, agressor do presidenci�vel Jair Bolsonaro (PSL). "Isso n�o existe. N�o tem cabimento", disse o pastor Antonio Levi de Carvalho, superintendente da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Segundo ele, n�o existe registro de que Oliveira tenha qualquer v�nculo com a denomina��o, embora possa ter frequentado, eventualmente, algum culto. "Estou aqui h� 13 anos e n�o tenho conhecimento disso. A secret�ria est� h� 43 anos e tamb�m nunca ouviu falar dele", disse o pastor. "Mas temos muitos membros frequentadores."
O pastor disse que, apesar da repercuss�o na imprensa, a vincula��o do nome de Oliveira n�o trouxe problemas para a Igreja at� agora. "O �nico inc�modo � ter que repetir sempre a mesma fala", afirmou o pastor.
As Testemunhas de Jeov� emitiram uma nota na qual negam que Oliveira tenha feito parte da congrega��o. "O senhor Adelio Bispo de Oliveira e sua fam�lia n�o s�o Testemunhas de Jeov�. Tamb�m esclarecemos que as Testemunhas de Jeov� n�o s�o respons�veis e n�o possuem qualquer rela��o com a contrata��o de advogados para a defesa do senhor Adelio", diz a nota. "As Testemunhas de Jeov� s�o crist�s, amam a vida e as pessoas em geral, e n�o toleram qualquer tipo de viol�ncia ou agress�o."
A reportagem esteve nesta segunda-feira, 10, nas imedia��es das duas igrejas. Em nenhuma delas encontrou algu�m que tenha conhecido o pedreiro pessoalmente. "Depois que aconteceu fui perguntando at� descobrir quem s�o os parentes dele. Mas, nunca vi por aqui, n�o", disse Maria Vitoria do Nacimento, que mora perto da Igreja do Evangelho Quadrangular da cidade.
Nas proximidades do templo das Testemunhas de Jeov�, as pessoas estavam mais receosas de comentar o assunto. Uma fiel disse que existe o temor de retalia��es por parte de apoiadores de Bolsonaro.
As duas denomina��es foram citadas em entrevistas pelo advogado Zanone Manuel de Oliveira J�nior, que comanda a equipe de quatro defensores de Oliveira. Indagado pelo Estado, o advogado disse que foi mal compreendido. "A pessoa me pediu sigilo. Tudo que voc� me pedir vou responder 'n�o sei'. � uma pessoa de Montes Claros ligado ao meio religioso. O pessoal entendeu ou eu n�o soube explicar que seriam Testemunhas de Jeov� ou evang�lico. � uma pessoa que quis ajudar, nos contratou e aqui estamos."
Zanone contestou entrevista do advogado Marcelo Manoel da Costa, que tamb�m integra a defesa do agressor. Ao jornal Estado de Minas, disse que aceitou o caso do agressor de Bolsonaro em troca da exposi��o na m�dia. "Doutor Marcelo foi chamado pelo doutor Pedro (Augusto de Lima Felipe e Possa), que foi chamado por mim. A pessoa s� entrou em contato comigo. Quem recebeu fui eu. � o meu escrit�rio que foi contratado. O doutor Marcelo nem sabe quem contratou", afirmou Oliveira Jr.
'Insatisfa��o'
O advogado foi nesta segunda-feira a Juiz de Fora, mas, desta vez, de carro, n�o em seu avi�o particular. Segundo ele, por motivos de seguran�a. "V�rias pessoas est�o insatisfeitas com a nossa atua��o. Os correligion�rios. Envolve pol�tica, emo��o, paix�o. D� uma olhada nas minas redes sociais", afirmou o defensor do pedreiro.
Zanone Manuel de Oliveira Jr. no entanto, descartou a possibilidade de pedir prote��o por causa da repercuss�o do atentado ao presidenci�vel do PSL. "Tive colegas que j� acionaram a pol�cia. Eu n�o fiz nada. J� vivi isso umas 20 vezes", disse o advogado. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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