Com as pesquisas indicando uma consolida��o de votos a favor de Jair Bolsonaro (PSL) e o crescimento do petista Fernando Haddad, os candidatos � Presid�ncia do PSDB, Geraldo Alckmin, e do PDT, Ciro Gomes, refor�aram neste domingo, 16, o discurso de defesa do voto �til ainda neste primeiro turno das elei��es.
Em pesquisa divulgada pelo Ibope na ter�a-feira passada, dia 11, Bolsonaro lidera com 26% das inten��es de voto. Na sequ�ncia, aparecem Ciro Gomes, do PDT (11%); Marina Silva, da Rede (9%), e Alckmin (9%), configurando um empate t�cnico. Haddad tem 8%. No Datafolha publicado na sexta-feira, Ciro e Haddad empatam em segundo, com 13% cada um.
Em campanha no bairro do Campo Limpo, na zona oeste da capital paulista, Alckmin afirmou que existem eleitores que declaram voto a Bolsonaro neste momento para tirar o PT do governo, mas a estrat�gia poderia se mostrar equivocada. "Pode ser o inverso, pode ser um passaporte para a volta do PT. Porque, no segundo turno, o Bolsonaro perde para todo mundo", disse.
Alckmin - que tem tido dificuldade para crescer nas pesquisas, mesmo com o maior tempo de TV, e voltou a ser pressionado por aliados a ser mais incisivo na campanha (mais informa��es nesta p�gina) - tamb�m foi questionado sobre a possibilidade de atacar Haddad, que tem subido nas pesquisas desde que substituiu o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato).
"O que temos dito � que n�o � na bala nem com radicalismos da esquerda ou direita que vamos fazer a economia voltar a crescer", disse o tucano.
Ciro
A exemplo do tucano, Ciro tamb�m pregou o voto �til. Durante caminhada no Parque do Ibirapuera, em S�o Paulo, ele afirmou que o brasileiro "n�o quer e n�o merece" um segundo turno para ter de decidir entre um "fascista", numa refer�ncia a Bolsonaro, e "as enormes contradi��es do PT". Segundo ele, o PT "s� quer se perpetuar no poder". Por isso, teria feito alian�as com os senadores Eun�cio Oliveira e Renan Calheiros, ambos do MDB. "O PT est� fazendo isso de novo, n�o aprendeu nada."
"Quero unir o Brasil que produz e trabalha", disse Ciro, acrescentando que sua candidatura representaria uma alternativa para a "polariza��o odienta" que tomou conta do Pa�s. Sobre o crescimento de Haddad nas pesquisas, Ciro afirmou que "at� a reta final, ainda haver� muitos momentos de emo��o e viradas".
'Di�logo'
J� o candidato do PT participou de caminhada na regi�o da Avenida Paulista. Em conversa com jornalistas, Haddad criticou o PSDB, mas sinalizou possibilidade de di�logo com os tucanos "depois das elei��es 2018". "A autocr�tica do PSDB � muito importante e constr�i possibilidade de di�logo depois das elei��es", afirmou. Haddad se referiu � entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo pelo senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB e presidente do Instituto Teot�nio Vilela, segundo o qual o partido cometeu "um conjunto de erros memor�veis".
Para Haddad, membros do PSDB "est�o devendo sua posi��o em virtude do fracasso do governo Temer junto com o PSDB". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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