Posturas pol�ticas de esportistas provocam rea��es de clubes e entidades

Manifesta��es pol�ticas em partidas da �ltima rodada do Campeonato Brasileiro e entre jogadores da sele��o masculina de v�lei fizeram com que clubes e entidades se posicionassem sobre o tema.

Foi o caso do Palmeiras, que emitiu nota oficial nesta segunda-feira, 17, depois de o volante Felipe Melo ter dedicado, durante entrevista, o gol marcado no empate por 1 a 1 com o Bahia, no domingo, em Salvador, ao candidato � Presid�ncia Jair Bolsonaro (PSL).

"O posicionamento pol�tico do atleta Felipe Melo reflete, �nica e exclusivamente, uma manifesta��o particular, e n�o da institui��o", afirma a nota. O clube fez quest�o de destacar a sua neutralidade. "O Palmeiras respeita qualquer posi��o pol�tica de seus atletas, empregados e colaboradores e ratifica a sua neutralidade nas quest�es pol�ticas, partid�rias, de cren�as, religi�es e quaisquer outras formas de manifesta��es pessoais."

Em outras oportunidades, Felipe Melo j� tinha demonstrado apoio a Bolsonaro. Depois que o deputado foi esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG), por exemplo, o jogador publicou mensagem nas redes sociais de apoio ao candidato.

J� o Atl�tico-MG corre risco de ser punido pelo Superior Tribunal de Justi�a Desportiva (STJD) por causa do comportamento da sua torcida no jogo com o Cruzeiro, no domingo, em Belo Horizonte. Torcedores provocaram os rivais gritando: "Cruzeirense, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar veado".

A Procuradoria do STJD entende que o clube deve ser responsabilizado pelo ato e anunciou ontem que o Atl�tico-MG deve ser denunciado por descumprimento do Estatuto do Torcedor. "No atual momento do Brasil precisamos reprimir esse tipo de atitude. A Fifa est� brigando contra essa conduta dos torcedores. Os fatos ser�o analisadas e muito provavelmente ser� deflagrado uma den�ncia, mas temos de analisar com cautela para fazermos uma den�ncia t�cnica e alcan�armos o car�ter pedag�gico", disse o procurador-geral Felipe Bevilacqua.

Na noite de domingo, ap�s o c�ntico homof�bico ganhar repercuss�o nas redes sociais, o clube criticou a postura dos torcedores. "O CAM (Clube Atl�tico Mineiro) lamenta profundamente as manifesta��es homof�bicas de parte dos torcedores, no jogo deste domingo, no Mineir�o. Reiteramos nosso rep�dio a quaisquer gestos de preconceito ou de incita��o � viol�ncia. A maior torcida de Minas � composta por pessoas de todas as classes sociais, ra�as e g�neros, n�o cabendo qualquer tipo de discrimina��o."

V�lei

Suposta manifesta��o de apoio a Bolsonaro de dois jogadores da sele��o masculina, ap�s vit�ria sobre a Fran�a, na sexta-feira, durante o Mundial, fez com que a Confedera��o Brasileira de V�lei proibisse express�es pol�ticas na equipe. S� est�o liberadas manifesta��es nas contas particulares dos atletas nas redes sociais.

Durante comemora��o da vit�ria, os jogadores Wallace e Maur�cio Souza posaram para fotos e formaram o n�mero do presidenci�vel com as m�os. Souza fez um sinal de 1 e Wallace fez o 7. O n�mero de Bolsonaro � 17.

"A CBV repudia qualquer tipo de manifesta��o discriminat�ria, seja em qualquer esfera, e tamb�m n�o compactua com manifesta��o pol�tica. Por�m, a entidade acredita na liberdade de express�o e, por isso, n�o se permite controlar as redes sociais pessoais dos atletas, componentes das comiss�es t�cnicas e funcion�rios da casa", diz a nota.