
Mais um debate entre os candidatos � Presid�ncia ser� realizado na noite nesta quinta-feira. Desta vez, o enfrentamento entre os que concorrem ao Pal�cio do Planalto ser� feito pela TV Aparecida, emissora cat�lica, com sede na cidade de Aparecida, no interior de S�o Paulo.
Participam do debate os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT), �lvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).
O candidato Jair Bolsonaro (PSL) n�o participou por ainda estar hospitalizado. J� Cabo Daciolo alegou, segundo a emissora, incompatibilidade de agenda.
Primeiro Bloco
No primeiro bloco, os candidatos come�aram comentando sobre a import�ncia da democracia, pergunta feita por Dom Odilo Scherer. Todos fizeram coro ao dizer que o combate � corrup��o � um dos principais fundamentos para fortalecer esse fundamento da vida do cidad�o.
Boulos e Marina Silva citaram termos crist�os para sustentarem suas respostas. O candidato do PSOL falou sobre carta do Papa Francisco que trata do assunto. J� Marina destacou a passagem b�blica em que Jesus se revolta contra a corrup��o.
O candidato do PDT, Ciro Gomes, declarou que o pa�s deve superar o duo formado por PT e PSDB que comandaram o pa�s nos �ltimos anos. Na sua vez, �lvaro Dias disse que o pais vem sendo governado nos �ltimos anos por “organiza��es criminosas” e isso impacta na qualidade da democracia.
Fernando Haddad disse que o fortalecer a democracia � necess�rio fortalecer as institui��es. Ele abriu a fala saudando o ex-presidente Lula que, segundo ele, acompanha a transmiss�o. Lula est� preso desde 07 de abril.
Ultimo a falar, Geraldo Alckmin disse que quem rouba � “ladr�o” e isso impacta diretamente na qualidade das pessoas em perceberem os valores da democracia.
Segundo Bloco
Segundo Guilhemer Boulos , o sistema pol�tico atual “est� podre”, por causa da troca de favores que prevalece na rela��o entre Executivo e Legislativo”. “Democracia n�o pode ser apenas aertar um bot�o a cada quatro anos (…) o povo deve ser chamado a decidir”, afirmou.
Ele ainda disse que a transpar�ncia � algo urgente e que deve ser priorizado. “Eu tenho coer�ncia. Eu e meu partido assinamos a proposta de reforma eleitoral feita pela CNBB”, disse em resposta a �lvaro Dias.
Na r�plica, �lvaro Dias que o atual sistema, se n�o mudado, comprometer� “a substituir�o desse sistema � essencial para que possamos apresentar nossas metas e nossas propostas”, disse.
Na tr�plica, Boulos disse voltou a tratar da coer�ncia e acusou Dias de ter feito parte dos quadros do PSDB e ter participado desse tipo de troca de favores.
Na sequ�ncia, foi Ciro que perguntou a Marina Silva e o assunto continuou sendo sa�de. De acordo com Marina, em seu governo o pa�s seria dividido em regi�es e todas seria comandadas por uma autoridade que seria nomeada por concurso. Marina disse que vai aumentar os recursos para a sa�de e tamb�m aumentar a presen�a de m�dicos. “Eu sei o que � para o hospital e antes de olharem pra voc� j� tenham a receita”, disse.
Ciro completou dizendo que pretende premiar as unidades de sa�de que cumprirem meta de atendimento para “O usu�rio vai dizer, com sua identidade protegida, se foi bem atendido e o governo vai premiar a unidade com R$ 100 mil reais por ano”, disse.
Marina ainda disse que vai incentivar a humaniza��o do atendimento e a forma��o de m�dicos generalistas para auxiliar no atendimento as necessidades b�sicas da popula��o.
Na primeira participa��o em debates ap�s a oficializa��o do nome de Fernando Haddad como candidato do PT, ap�s o ex-presidente Lula ter tido a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral, o petista perguntou ao tucano Geraldo Alckmin.
O questionamento foi sobre reforma trabalhista e a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos. Estamos com 13 milh�es de desempregados, heran�a da Dilma e do PT", responde o tucano. "N�o precisaria do teto de gastos se n�o fosse o governo do PT".
Alckmin diz ainda que a situa��o brasileira � delicada e promete reformas j� no in�cio do ano para a economia brasileira voltar a crescer, se vencer as elei��es. O tucano ainda disse que a presid�ncia de Temer, governo em que as medidas foram tomadas, ocorreu porque ele era da chapa petista. “Quem escolheu o Temer foi o PT. Ele era vice da Dilma. Ali�s, reincidentes, eles escolheram o Temer duas vezes”, disparou Alckmin.
J� Haddad prometeu revogar a reforma trabalhista caso seja eleito. Ainda de acordo com ele, a emenda constitucional que estabelece o teto de gastos imp�e s�rios riscos a vida do trabalhador. A terceiriza��o fragiliza as rela��es de trabalho j� que exige que o trabalhador pague o valor das a��es”, disse.
O petista disse que o partido de Alckmin foi patrocinador da crise que gerou toda a crise que resultou no aumento do desemprego. Em rela��o a Michel Temer, Haddad acusou o PSDB de propiciar a situa��o para o impeachment. “Temer era vice da Dilma, mas quem seu uniu para trair a Dilma foi o PSDB, que se uniu para tirar ela de l�”, afirmou.
Meirelles perguntou a Haddad sobre confian�a no nome dele, mas n�o conseguiu concluir o pensamento.
Haddad agradeceu a manifesta��o dos bispos do Brasil que se manifestaram contra a terceiriza��o e o congelamento dos gastos. “Se n�o olharmos para o trabalhador brasileiro agora n�s teremos frutos muito ruins”, disse e completou que a confian�a recuperada por Meirelles foi “dos baqueiros da Faria Lima”.
Na defensiva, Meirelles disse que a confian�a � importante para garantir investimentos. “Quando eu assumi o Minist�rio da Fazenda, o PIB tinha ca�do e t�nhamos 14 milh�es de desempregados. Essa crise foi constru�da pela Dilma, essa crise foi constru�da foi pela implementa��o do programa do PT”, atacou.
Na tr�plica, Haddad disse que Meirelles foi comandante do Banco Central no governo do PT e que no per�odo foram criados 20 milh�es de empregos. Ele classificou o advers�rio como “ingrato” j� que vez parte do governo.
O petista ainda disse que os problemas na economia ocorreram nos �ltimos anos do governo da ex-presidente Dilma, principalmente, pelo governo de Michel Temer (MDB) e patrocinado pelo PSDB.
Terceiro Bloco
Sendo questionados por jornalistas de emissoras com inspira��o cat�lica, candidatos � Presid�ncia aproveitaram o terceiro bloco do debate realizado em Aparecida (SP), nesta quinta-feira, 20, para falar sobre temas abordados constantemente por suas campanhas.
Assim como no bloco anterior, o PT virou alvo do candidato do MDB, Henrique Meirelles. Para ele, o quadro de desemprego no Pa�s foi resultado de uma s�rie de "equ�vocos" do governo Dilma Rousseff e do PT. Ele repetiu sua promessa de criar 10 milh�es de novos empregos em quatro anos e retomar obras paralisadas.
Respondendo a uma pergunta sobre migra��o, Fernando Haddad (PT) prometeu ampliar para todo o territ�rio nacional leis que regulamentem o acolhimento de imigrantes. "Os pa�ses que optarem por viol�ncia colheram viol�ncia", disse, defendendo que o Brasil precisava escolher a "paz".
Ciro Gomes (PDT) abriu m�o de declara��es �cidas e, ap�s ter elogiado Marina Silva (Rede) no bloco anterior, tamb�m teceu elogios para Guilherme Boulos (PSOL). Ao falar sobre urbaniza��o, o pedetista disse que o advers�rio � "especialista" no assunto e est� correto ao avaliar que h� mais im�veis vazios nas cidades do que pessoas que precisam de uma moradia.
Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu uma reforma pol�tica com voto distrital misto e facultativo. Tendo oportunidade de repetir uma frase em latim que significa "suprima a causa que o efeito cessa", o tucano prometeu promover as reformas pol�tica, tribut�ria, previdenci�ria e de Estado logo no come�o de um eventual governo. "Ser� que � poss�vel aprovar a reforma pol�tica? Eu entendo que sim."
Sendo questionado sobre seguran�a p�blica, Alvaro Dias (Podemos) defendeu investimento no monitoramento de fronteiras e atacou o governo Michel Temer por dizer que "n�o tem dinheiro para nada" na seguran�a p�blica.
"O bandido no Brasil tem que voltar a ter medo da lei", pontuou, prometendo boa remunera��o a policiais. "Dinheiro do or�amento que n�o for aplicado em seguran�a p�blica, deve ser responsabilidade do presidente."
No mesmo bloco, Marina Silva (Rede) prometeu punir o feminic�dio e fiscaliza��o do Minist�rio do Trabalho contra sal�rios desiguais entre mulheres e homens. A presidenci�vel tamb�m assumiu o compromisso de abrir 2 milh�es de novas vagas em creches para que m�es possam trabalhar.
Boulos, por sua vez, disse que � preciso cassar o registro de empresas que usam trabalho infantil e revogar, atrav�s de consulta popular, a reforma trabalhista feita pelo governo Michel Temer.
Quarto Bloco
No quarto bloco, candidatos novamente perguntam diretamente um ao outro, mediante sorteio. Guilherme Boulos pergunta Ciro Gomes sobre a democratiza��o da m�dia. Ciro diz que � preciso investir em m�dias alternativas e garantir que cooperativas de jornalistas, por exemplo, devem receber incentivo.
Ciro pergunta Haddad sobre impostos. Segunso Haddad quanto mais pobvre for a pessoa =, mais impostos ela paga. De acordo ele, proposta defende que estados e munic�pios tenham garantia que sua arrecada��o n�o vai cair e outra medida far� com que outro imposto re�ne outras taxas.
“Imposto sobre grabndes patrimonios n�o � feito e sobre grandes heran�as tamb�m n�o � feito”
Na r�plica, Ciro disse que ia fazer uma “pinicadinha” em Haddad ao dizer que o povo iria acreditar sendo que o partido de Haddad, o PT, ficou no governo e “A grabnde quest�o � que precismoa fazer impostos de tribtos porque um grande banco distruibui R$ 9 milh�es para cada s�cio”, afirmou. E ainda disse que PT
Segundo Haddad, Lula fez reforma tribut�rias �s avessas. “Foui pelo lado da despesa que fizemos todos os rograms soxciais que revolucionaram a vida dos mais pobres”, disse. Segundo ele, programas como Bolsa Fam�lia, Prouni entre outros, fizeram com que o dinheiro chegasse a m�o dos mais pobres”.
Meirelles perguntou a Marina Silva sobre a volta da CPMF, proposta por Jair Bolsonaro. Segundo Marina, ela � contra a volta defendeu que partidos “E dificil querer ser um presidente com um posto Ipiranga”, disse, em referencia ao economista Paulo Guedes, apontado como Jair Bolsonaro
“Resultado de algu�m que n�o tem preparo, principalmente, n�o tem preparo em economia. Isso � muito grave”, afirmou Meirelles. N�o podemos aumentar ainda mais a carga de impostos do brasileiro, principalmente os que prejudicam os mais pobres”, declarou.
De acordo com Marina, a proposta de Bolsonaro demonstra que ele governa para os mais ricos. Segundo ela, o candidato do PSL desconsidera os mais pobres e ainda tem em sua equipe pessoas que fazem declara��es desastrosas, como a dada pelo vice General Mour�o, que declarou que crian�as e adolescentes criados apenas com m�es e av�s s�o “f�bricas de desajustados”.
Geraldo Alckmin pergunta a Meirelles suas propostas contra o desemprego. "Aplicar uma pol�tica econ�mica adequada que leve o Brasil a crescer", responde. O candidato do MDB volta a citar seu desempenho como presidente do Banco Central e a cria��o de 10 milh�es de empregos
Marina pergunta Boulos sobre Viol�ncia. Boulos diz que o atual sistema lucra com as mortes, citando bancadas pol�ticas que “se alimentam do medo” e a ind�stria de armas. “N�o podemos reproduzir a pol�cia que mais mata e a que mais morre, Nos vamos desmilitarizar as pol�cias”.
Ele ainda defendeu a descriminaliza��o das drogas e falou que o assunto deve ser tratado como de sa�de p�blica, “n�o de c�digo penal”.
Marina afirmou que vai criar o sistema �nico de seguran�a p�blica e disse que vai investir em intelig�ncia das policias. Ela ainda criticou o repasse de valores a grandes empres�rios
Haddad perguntou a �lvaro Dias sobre fam�lias. Na resposta o candidato do Podemos partiu para o ataque. “Voc� Haddad � o porta-voz da trag�dia, representante do caos (…) Se especializou em distribuir a pobreza para alguns e a riqueza para seus lideres”, disse.
Ele afirmou que o governo do PT e Temer fez com que a viol�ncia aumentasse e cr�ticos outras pol�ticas p�blicas petistas, que, segundo ele, levaram a crise. “Embora seu discurso seja outro, seja da fic��o,da gerra��o da falsa expectativa e o discurso da mentira”, disparou.
“O seu desconhecimento da realidade brasileira chama muito a aten��o”, retrucou Haddad citando programas como Bolsa Fam�lia, Prouni que fizeram com que as fam�lias ficassem mais pr�ximas. Haddad ainda decretou que os mecanismos nos programas favorecem a unidade as fam�lias.
“Voc� fica no Senado, no seu gabinete, e desconhece a realidade esse � o Brasil que as pessoas querem de volta”, disparou. Na tr�plica, Dias disse que a fala de Haddad corrobora com as afirma��es que ele fez anteriormente. “Voc� desenhou agora aquilo que eu disse antes”, disse.
"O Brasil � um pa�s car�ssimo e por isso perdeu competitividade", diz Geraldo Alckmin em resposta a �lvaro Dias sobre economia. O tucano prop�e mudar as regras para os bancos internacionais se instalarem no Brasil e defende uma agenda de competitividade, que leva em conta a desburocratiza��o para empresas. �lvaro Dias ainda disse que o governo do PT serviu as grandes corpora��es financeiras.
Quinto Bloco
No �ltimo bloco, os candidatos respondem �s perguntas feitas por bispos e fazem suas considera��es finais. A primeira pergunta � para Fernando Haddad (PT) sobre como superar a viol�ncia no Brasil. O petista defende programas sociais como preven��o e um sistema unificado para coibir a viol�ncia. Ele defende nova lei que estabele�a um trabalho conjunto entre prefeitos e governadores.
Ciro disse que � importante fortalecer a agricultura familiar e que o gverno pode fazer isso a partir de compras programas dessas pequenas cooperativas. Em rela��o ao agroneg�cio, Ciro disse que a atividade, apesar de gerar poucos empregos, pois � altamente mecanizada, cumpre papel de fortalecer a ind�stria.
“Temos que mudar esse pa�s a come�ar pelo fortalecimento das oportunidades”, disse e completou afirmando que o fortalecimento do emprego e do sal�rio contribui para fim das desigualdades. Dias disse que dar oportunidade as pessoas � fundamental para redu��o da pobreza.
Marina atacou o governo de Temer e Dilma como o que menos demarcou terras. “Ordenamento territorial e fundi�rio e das unidades e conserva��o fundi�ria sobre responsabilidade do presidente”, afirmou. Marina ainda criticou proposta que pretende transferir para o Congresso a prerrogativa de demarca��o das terras ind�genas. Ela ainda reservou espa�o para dizer que Jair Bolsonaro (PSL) que afirmou que n�o vai demarcar “nenhum cent�metro” das terras.
Alckmin respondeu sobre o teto de gastos e disse que educa��o e sa�de est�o fora do estabelecido no teto de gastos. E voltou a usar exemplos de S�o Paulo. Fugiu, no entanto, da resposta de forma clara, tal como perguntado.
Henrique Meirelles (MDB) � questionado sobre o aborto, mas se esquiva de dizer se � a favor ou contra a descriminaliza��o. Para ele, essa deve ser uma decis�o da sociedade. "Eu sou favor�vel � vida. Tamb�m sou favor�vel ao direito da mulher, que em determinadas situa��es tem que tomar essa decis�o dram�tica. � preciso ter equil�brio", diz.
Boulos responde sobre polariza��o. Segundo ele, a polariza��o se d� devido a concentra��o excessiva de renda. Ele ainda afirmou que a governabilidade avance e v� al�m das institui��es e alcance as pessoas. Ele defendeu conselhos e plebiscitos.