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Estado de Minas

Polarizando disputa, Haddad e Bolsonaro viram alvos dos advers�rios

Sem conseguir crescer nas pesquisas de inten��o de voto, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva elevam o tom das cr�ticas aos candidatos que polarizam a corrida presidencial


postado em 21/09/2018 06:00 / atualizado em 21/09/2018 07:41


A polariza��o entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad (PT) na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica – indicada pelas recentes pesquisas de inten��o de voto de Ibope e Datafolha – faz advers�rios subirem o tom em seus programas de TV e r�dio e nas redes sociais contra os dois candidatos que lideram a corrida presidencial. Nos programas levados ao ar ontem, Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) fizeram ataques diretos a Bolsonaro e a Haddad. A �ltima pesquisa Datafolha mostrou Bolsonaro com 28% e Haddad com 16%. J� a do Ibope indicou Bolsonaro com 28% tamb�m e Haddad com 19%, ambos se consolidando na polariza��o.

“De um lado, a turma de vermelho, que quer o fim da Lava-Jato para encobrir o maior caso de corrup��o da hist�ria; do outro, a turma do preconceito, da intoler�ncia e do �dio a tudo e todos”, afirmou o tucano no programa. Alckmin ainda disse que o Brasil j� elegeu “um poste vermelho”, em refer�ncia a Dilma Rousseff (PT), sucessora indicada por Luiz In�cio Lula da Silva (PT), e que n�o pode entrar “de novo em uma aventura de um candidato que se diz o novo”, referindo-se a Bolsonaro e tamb�m a Fernando Collor de Mello, que se elegeu em 1989 ao se apresentar como novo na pol�tica, mas sofreu impeachment tr�s anos depois.

A volta de nova CPMF, defendida pelo economista Paulo Guedes – guru da campanha de Bolsonaro –, tamb�m recebeu cr�ticas de Alckmin, mesmo depois de candidato desmentir Guedes. “O candidato da bala deu o primeiro tiro: no contribuinte, na classe m�dia, no pobre. Ele quer aumentar imposto. � f�cil fazer ajuste passando a conta para o povo. N�s vamos fazer exatamente o contr�rio: cortar despesa do governo. Sou contra a volta da CPMF”, escreveu no Twitter. J� Ciro Gomes (PDT) acusou Guedes, eventual ministro da Fazenda se Bolsonaro vencer a elei��o, de “instrumentalizar economicamente o fascismo”.

No Facebook, Alckmin disse que “bateu o desespero” em Bolsonaro por perceber que ele n�o vencer� o PT caso chegue ao segundo turno contra Haddad. “Primeiro, colocaram em d�vida as urnas eletr�nicas. Agora, inventam alian�a minha com o PT, que jamais foi ou ser� cogitada. Ele � o passaporte para a volta do PT. Vou ao segundo turno para derrotar Haddad”, escreveu o tucano. Um v�deo repete que “� uma mentira das grandes” qualquer coment�rio de que ele poderia apoiar Haddad no segundo turno.

FHC PEDE CONSENSO

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso engrossou o coro contra a polariza��o. Ele divulgou carta afirmando que a situa��o do pa�s � “dram�tica”, mas “ainda h� tempo para deter a marcha da insensatez.” Sem mencionar nomes, FHC critica “as vis�es radicais” e as “solu��es extremas” apresentadas pelas campanhas de Bolsonaro e Haddad e defende apoio �nico a quem tem “melhores condi��es de �xito eleitoral” entre os candidatos de centro para n�o levar o pa�s ao “aprofundamento da crise econ�mica, social e pol�tica”.

Ele critica candidatos que “acenam com promessas que n�o se realizar�o com solu��es simplistas, que n�o resolvem as quest�es desafiadoras” e afirma que � necess�ria “clara defini��o de rumo”, al�m de promover “o ajuste inadi�vel das contas p�blicas” no pr�ximo governo. “S�o medidas que exigem explica��o ao povo e tempo para que seus benef�cios sejam sentidos.

“A primeira dessas medidas, segundo ele, � uma lei da Previd�ncia que elimine privil�gios e assegure o equil�brio do sistema em face do envelhecimento da popula��o brasileira. A fixa��o de idades m�nimas para a aposentadoria � inadi�vel. Ou os homens p�blicos em geral e os candidatos em particular dizem a verdade e mostram a insensatez das promessas enganadoras ou, ganhe quem ganhar, o pi�o continuar� a girar sem sair do lugar, sobre um terreno que est� afundando”, disse o tucano.

‘Crime’ Terceiro colocado nas pesquisas de opini�o, Ciro Gomes usou as redes sociais para dizer que apostar na pol�tica econ�mica defendida pelo PT � “crime”. “N�meros: 220 mil pontos de com�rcio fecharam do desmantelo do governo Dilma para o fundo do po�o do desgoverno Temer; 13 mil ind�strias fecharam no mesmo per�odo (tr�s anos), sendo 4 mil no estado de S�o Paulo! Da�, 13,7 milh�es de desempregados e mais de 32 milh�es de brasileiros vivendo de bico. Manter esta pol�tica econ�mica � crime!”, postou o candidato.

Ao mostrar pesquisas realizadas em 2014 e que apontavam um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (Rede) – o que acabou n�o acontecendo –, Ciro pede ao eleitor que n�o transfira sua “decis�o e entusiasmo” para os institutos de pesquisas. Marina Silva usou o Twitter para dizer que faltam poucos dias para o Brasil optar por “vencer o �dio e o extremismo” ou se deixar entregar “� radicaliza��o e desuni�o”.

 J� Henrique Meirelles (MDB)  apostou no discurso de que o Brasil precisa de um governo que imponha confian�a. Com recortes de jornais em seu programa em que mostra not�cias relacionadas a Bolsonaro e ao PT, ele disse que ningu�m confia em gente “desequilibrada” ou “corrupta”. “Confian�a � a chave que abre todas as portas”, afirmou. “Quando voc� pede indica��o para cuidar dos seus filhos, voc� pergunta se a pessoa � de confian�a. A mesma coisa acontece com o pa�s. As empresas precisam confiar no governo para fazer investimentos, criar empregos. Ou voc� acha que v�o confiar num governo de algu�m despreparado, desequilibrado ou corrupto? Claro que n�o.”


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