
Mour�o disse � reportagem que "n�o se sentiu desautorizado" por Bolsonaro, "nem constrangido" e "nem pensou" em se afastar da campanha por causa disso. "Estamos em combate, e quando a gente est� em combate, ocorrem estas coisas. A gente tem de ter resili�ncia e determina��o para levar avante aquilo que a gente est� pensando", declarou, depois de ressaltar que esse assunto "morrer� em 24 horas e amanh� a not�cia ser� outra".
Para ele, os assuntos que tinham de estar em voga nesta quinta-feira, 27, deveriam ser a sa�da de Anthony Garotinho da campanha ao governo do Rio, barrado pela Justi�a, e o candidato do PT, Fernando Haddad, denunciado por corrup��o pelo Minist�rio P�blico, ter nomeado tesoureiro de campanha acusado de caixa 2 pela Pol�cia Federal.
Por conta das seguidas pol�micas, com "interpreta��es distorcidas" de suas falas, Mour�o afirmou que pretende se impor sil�ncio. "Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em sil�ncio obsequioso. � uma boa linha de a��o", comentou ele que, no fim de semana pretende visitar Bolsonaro.
Mour�o informou que, antes de Bolsonaro divulgar o tu�te, lhe mandou a �ntegra da mensagem informando o seu teor. "E eu achei que estava muito bem colocado e disse a ele: siga em frente". O general ressaltou que n�o se sentiu desautorizado. "Eu n�o falei o que est�o dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento. Um alerta sobre o custo extra para os empres�rios e os pr�prios governos, de um planejamento gerencial necess�rio para que o 13º sal�rio seja pago, ou seja, governos e empres�rios devem reservar, ao longo do ano, recursos de modo a fazer frente � despesa. Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil", comentou ele, que tamb�m se explicou em uma nota.
"Obviamente eu n�o disse que sou contra o 13º obviamente porque eu n�o posso ser contra algo que eu recebo, at� porque isso � uma cl�usula p�trea da Constitui��o, que n�o pode ser mexida. O problema � que, dentro deste contexto que estamos vivendo, a pessoa pega e distorce. Estou aguardando a onda passar."
Questionado se achava que, com estas pol�micas causou problemas para a campanha de Bolsonaro, Mour�o respondeu: "N�o resta d�vida de que se levantou uma pol�mica de algo que n�o era pra ser pol�mico porque obviamente a pessoa que lan�ou isso, fez de m�-f� porque n�o defendi fim de nada porque, repito, 13º � cl�usula p�trea da Constitui��o". Para ele, "os ataques fazem parte desta histeria coletiva que toma conta nestas v�speras da elei��o". Observou tamb�m que, quando visit�-lo, os dois conversar�o, com calma.
O general Mour�o afirmou que a sua agenda de compromissos foi totalmente encerrada nesta quinta-feira e que ningu�m mandou ele cancelar nada, "at� porque n�o tem mais nada para cancelar". Segundo ele, quando Bolsonaro sair do hospital, ir�o conversar sobre a �ltima semana de campanha. Ele acredita que o candidato do PSL poder� at� ganhar as elei��es em primeiro turno.
Mour�o, que � general de Ex�rcito da reserva, recha�ou cr�ticas de que poderia haver mal-estar nas For�as Armadas porque Bolsonaro, um capit�o, teria desautorizado um general no Twitter, patente superior a dele. Mour�o lembrou que Jair Bolsonaro "� o candidato", "ele � o pol�tico", justificando que a quest�o � de campanha.
Em seguida, informou: "Bolsonaro � deputado e, por isso mesmo, ele � mais antigo do que eu desde 1990, quando foi eleito. Ele me precede em qualquer cerim�nia por ser deputado, conforme manual da Presid�ncia da Rep�blica. N�o existe essa quest�o hierarquia neste caso. Ele foi capit�o e desde 1990 � deputado quando passou a me preceder em qualquer solenidade e nada mudou, assim continua".
O candidato a vice acentuou que "existe uma deslealdade muito grande, que n�o se discutem as ideias, mas �nica e exclusivamente se procura distorcer o que est� sendo falado". Na opini�o do general, "existe uma campanha de n�vel muito baixo contra Bolsonaro".