Bolsonaro diz que pediu a vice para ficar quieto

O candidato � Presid�ncia do PSL, Jair Bolsonaro, negou, nesta sexta-feira, que o candidato a vice em sua chapa, general Hamilton Mour�o (PRTB), tenha amea�ado desistir da disputa ap�s atritos relacionados a declara��es pol�micas suas, que levaram o deputado a exigir que Mour�o n�o d� novas declara��es ou participe de eventos de campanha.

"Falei pra ele ficar quieto porque afinal de contas est� atrapalhando. O vice geralmente n�o apita nada, mas atrapalha muito", disse Bolsonaro, que concedeu uma entrevista � TV Bandeirantes de seu quarto no hospital Albert Einstein, onde se recupera desde o �ltimo dia 7, quando foi transferido de Juiz de Fora (MG), ap�s ataque � faca.

Bolsonaro, no entanto, defendeu as declara��es de Mour�o a respeito do 13� sal�rio e do adicional de f�rias. Para o candidato, o general foi mal compreendido e lhe falta de "mal�cia" no trato com a imprensa. "Achava que tinha que ser mais enxuto, n�o que tinha que acabar. � cl�usula p�trea, nem por proposta de emenda � constitui��o (PEC) d� para tirar", explicou.

O candidato tamb�m defendeu o economista de sua campanha, Paulo Guedes, outro que desmarcou agendas e sumiu dos compromissos p�blicos desde que sugeriu, entre outras coisas, a volta de um imposto nos moldes da antiga CPMF. Para ele, Guedes � outro que teve suas declara��es distorcidas pela m�dia. "Quem criou a CPMF foi o Fernando Henrique, eu votei pela extin��o do tributo, n�o aceito discutir isso e ponto final."

Ele tamb�m comentou a mat�ria de capa da Veja esta semana, que traz a den�ncia feita por sua ex-mulher em 2008 � Justi�a do Rio. Nela, Ana Cristina Siqueira Valle o acusa de furtar um cofre de banco, ocultar patrim�nio, receber pagamentos n�o declarados e agir com desmedida agressividade. "A minha pr�pria ex-mulher desmente muita coisa. Separa��o � uma coisa litigiosa, cotoveladas acontecem de todas as partes", minimizou.

Campanha

Na entrevista, o presidenci�vel disse que, por recomenda��o m�dica, deve permanecer em casa at� o pr�ximo dia 10, tr�s dias ap�s a realiza��o do primeiro turno. Ap�s esse per�odo, - "em havendo 2� turno" - deve voltar � campanha e aos debates, mas sem a mesma exposi��o de antes, por precau��o por causa da recupera��o da cirurgia.

O candidato do PSL se disse "com mais g�s que antes" e que vai se manter ativo nas redes sociais nesse per�odo de repouso. Numa escala de zero a dez para a sa�de, o candidato se deu 8.