A uma semana do primeiro turno, campanhas de 1.670 candidatos acumulam R$ 65,7 milh�es de saldo negativo entre o que arrecadaram at� agora e as despesas contratadas. Entre os sete com d�ficit parcial acima de R$ 1 milh�o, os l�deres s�o o candidato tucano ao governo de S�o Paulo, Jo�o Doria, com R$ 6,1 milh�es, seguido pelo candidato ao governo do Tocantins Mauro Carlesse (PHS), com R$ 2 milh�es.
O balan�o parcial feito pelo jornal O Estado de S. Paulo considera dados da Justi�a Eleitoral obtidos at� quarta-feira, dia 26. Candidatos t�m at� 30 dias ap�s a data da elei��o para quitar d�vidas e, nesse per�odo, podem continuar arrecadando recursos exclusivamente para honrar os d�bitos. Para quem concorre no primeiro turno, o prazo se encerra em 5 de novembro. Caso ainda haja d�vidas, caber� ao partido arcar com os d�bitos das campanhas.
Doria j� contratou R$ 14,1 milh�es em despesas. Seu maior prestador de servi�o em valores � a Digital 21 Produ��es Art�sticas, respons�vel por elaborar programas de televis�o e r�dio, por R$ 3,6 milh�es. O candidato contratou R$ 2,67 milh�es em servi�os de uma empresa de marketing pol�tico chamada "Voto Estrat�gico 2018". A maior parte dos R$ 7,8 milh�es que o candidato j� arrecadou vem da Dire��o Nacional do PSDB: R$ 4,8 milh�es. A assessoria de Doria destacou que o balan�o � parcial.
Dos R$ 3,7 milh�es que a campanha de Carlesse j� contratou, as tr�s despesas mais altas s�o de servi�os de contabilidade, consultoria jur�dica e produ��o de programas de audiovisual. A assessoria do candidato disse que a coliga��o "dever� receber doa��es dos partidos que a comp�em, bem como dos integrantes da chapa". "Todos os gastos contratados seguem um planejamento e ser�o todos quitados dentro do prazo legal."
Decr�scimo
O cientista pol�tico Murillo de Arag�o avalia que o endividamento pode estar relacionado, de um lado, a um decr�scimo na arrecada��o de recursos com o fim das doa��es empresariais e, de outro, a uma prioriza��o que os partidos t�m feito na destina��o do fundo eleitoral para candidatos ao Legislativo.
"Como hoje o que define a verba que o partido recebe � o tamanho da bancada, eles est�o repassando recursos para deputados tentarem se reeleger e engordar a bancada", disse. Arag�o projeta dificuldade para campanhas n�o ficarem no vermelho. "Eles v�o ter que come�ar a fazer vaquinhas ou ficar pendentes. Muitos carregam d�vidas para a frente", comentou Arag�o.
Diferen�as
Com saldo negativo variando entre R$ 1 milh�o e R$ 1,9 milh�o, est�o os governadores candidatos � reelei��o em Alagoas, Renan Filho (MDB), e em Minas, Fernando Pimentel (PT), o candidato ao Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o senador Wellington Fagundes (PR-MT), que busca o governo de seu Estado, al�m do candidato a governador do Rio Grande do Norte Carlos Eduardo Alves (PDT).
A arrecada��o parcial de Pacheco, de R$ 2,2 milh�es, sequer cobre o valor do contrato com a ag�ncia de publicidade "2018 Comunica��o SPE LTDA", de R$ 2,5 milh�es. A assessoria de imprensa diz que a campanha continua em busca por doa��es, lembra que ainda h� prazo e diz que tudo est� dentro da normalidade.
A campanha de Pimentel disse que "n�o ter� qualquer problema para quitar seus compromissos". A assessoria de Renan Filho disse que todos os compromissos com os fornecedores ser�o cumpridos. A reportagem n�o conseguiu contato com Wellington Fagundes. A assessoria de Carlos Eduardo n�o respondeu at� a conclus�o desta edi��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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