O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci ser� ouvido no processo em que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � acusado de corrup��o por, segundo o Minist�rio P�blico Federal, ter recebido propina para a editar a Medida Provis�ria 471. A MP, investigada na Opera��o Zelotes, foi aprovada em 2009 e tinha como finalidade prorrogar incentivos fiscais de montadoras instaladas nas regi�es Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, respons�vel pelo processo, agendou o depoimento para o dia 6 de dezembro. Oliveira j� havia autorizado a oitiva de Palocci em outro processo, em que Lula � r�u por causa da suposta atua��o na compra de ca�as suecos. Nesse caso, o ex-ministro deve ser ouvido em 20 de novembro.
Palocci prestar� depoimento na condi��o de testemunha de acusa��o no processo em que Lula, o ex-ministro Gilberto Carvalho e mais cinco s�o r�us. Segundo o MPF, a empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos, do lobista Mauro Marcondes Machado, representava os interesses da CAOA (Hyundai) e da MMC Automotores (Mitsubishi do Brasil) e teria ofertado R$ 6 milh�es a Lula e Carvalho. O dinheiro seria para financiar campanhas do PT. Como prova dos repasses indevidos, o MPF elencou uma s�rie de troca de mensagens e anota��es apreendidas com os alvos da Zelotes. Todos negam as acusa��es do MPF.
Lula est� preso desde abril deste ano em Curitiba, no �mbito da Opera��o Lava Jato, depois de ter sido condenado a 12 anos e 1 m�s de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guaruj� (SP).
Dela��o
O ex-ministro assinou um acordo de colabora��o premiada com a Pol�cia Federal, em Curitiba. Na segunda-feira, 1, o juiz federal S�rgio Moro tirou o sigilo de um dos depoimentos prestados por Palocci no �mbito do seu acordo. Nesse depoimento, ele aborda o tema da comercializa��o de medidas provis�rias durante as gest�es petistas.
De acordo com Palocci, "das mil medidas provis�rias editadas nos quatro governos do PT, em pelo menos novecentas houve tradu��o de emendas ex�ticas em propina". Palocci diz que a "pr�tica de venda de emendas se tornou corriqueira, particularmente na venda de emendas parlamentares para medidas provis�rias vindas dos governos, casos em que algumas MPs j� contam com algum tipo de v�cio destinado a atender financiadores espec�ficos e saem da Congresso Nacional com a extens�o do benef�cio il�cito a diversos outros grupos privados".
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