O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, criticou nesta quarta-feira, 3, as propostas de revisar a Constitui��o apresentadas pelas campanhas do PT, de Fernando Haddad, e do PSL, de Jair Bolsonaro. Em entrevista a sites jur�dicos nesta quarta-feira, Toffoli afirmou que uma nova Constitui��o n�o traria avan�o para o Pa�s.
"A Constitui��o de 88 fez o Pa�s atravessar dois impeachments e as previs�es ali contidas, do ponto de vista institucional, (s�o) suficientes para que a sociedade possa progredir diminuindo desigualdades sociais e regionais", afirmou. "N�o vejo motivo para Constituinte ou Assembleia Constituinte. Isso � querer, a cada 20 anos, 30 anos, reformatar toda jurisprud�ncia j� criada, toda leitura que j� existe e querer come�ar a na��o do zero", afirmou, segundo informou o site Jota. Participaram da entrevista tamb�m os sites Migalhas e Conjur.
Toffoli disse ainda que "a democracia n�o est� em xeque". "N�s estamos vivendo o �pice da democracia. Este � o momento da soberania popular em que se deve respeitar a democracia reconhecendo a vit�ria de quem vier a ser escolhido pela maioria. A Constitui��o demonstrou vigor imenso e tivemos o STF como seu guarda e o Poder Judici�rio", disse.
O presidente do STF desconversou sobre a disputa entre os ministros Luiz Fux e Ricardo Lewandowski, a respeito de um pedido de entrevista do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Essa [quest�o] est� superada", declarou.
E disse ainda que foi mal interpretado ao chamar de "movimento" o golpe militar de 1964. O magistrado negou ao Jota que a fala seja um aceno aos militares e � direita diante do cen�rio eleitoral, com Bolsonaro liderando as pesquisas. "De maneira nenhuma (� aceno). J� escrevi isso em artigos", disse. "A democracia venceu no Brasil e continuar� vencendo", acrescentou.
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