O bloco de partidos que forma o n�cleo do Centr�o - PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade - encolheu 22 parlamentares e perdeu for�a na elei��o de domingo, 7, para a C�mara de Deputados. Juntos, os cinco partidos ter�o 142 representantes na pr�xima legislatura, ante 164 em exerc�cio atualmente, uma redu��o de 13,4%.
Sob a lideran�a do atual presidente da C�mara, o deputado reeleito Rodrigo Maia (DEM-RJ), os partidos ganharam ades�es nas �ltimas janelas de troca partid�ria e chegaram maiores para a disputa da elei��o, com 164 deputados, al�m de ativos, como tempo de TV e verbas p�blicas. O apoio de partidos do Centr�o foi disputado pelos candidatos a presidente de todos os espectros, e o bloco fechou alian�a com o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que terminou a disputa em quarto lugar.
O Centr�o ascendeu ao comando da C�mara em 2015, com a elei��o do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) para presidir a Casa contra o nome preferido pelo governo da ent�o presidente petista Dilma Rousseff, que no domingo n�o conseguiu se eleger para o Senado. O grupo seria crucial para a abertura do processo de impeachment de Dilma, virou base de governo do sucessor, o presidente Michel Temer, e se reorganizou no Legislativo mesmo ap�s a cassa��o de Cunha, condenado e preso na Opera��o Lava Jato.
Se comparado com o resultado desses cinco partidos em 2014, quando elegeram 129 deputados, o resultado de domingo representa uma amplia��o de 13 parlamentares - o equivalente a 10% a mais. No entanto, � �poca o Centr�o n�o atuava em bloco. Parte das siglas apoiava Dilma (PP, PR e PRB) e parte estava na oposi��o, tendo se coligado ao senador tucano A�cio Neves (DEM e Solidariedade). Mesmo no comando de minist�rios, os partidos foram abandonando o governo Dilma, em 2016, em meio �s articula��es do processo de impeachment.
Agora, a tend�ncia � que o bloco volte a rachar no segundo turno da elei��o presidencial, entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). L�der de votos no primeiro turno, Bolsonaro j� desprezou, ao menos publicamente, o apoio desses partidos. Aliados dele, por�m, j� fizeram chegar ao comando das legendas sinais de aproxima��o. � o caso do PRB, ligado � Igreja Universal do Reino de Deus, cujo l�der religioso, o bispo Edir Macedo, declarou apoio a Bolsonaro. A ala judaica da campanha do PSL � pr�xima ao PRB e � Universal. A c�pula do DEM tamb�m prefere Bolsonaro. Ao votar neste domingo no Rio, Rodrigo Maia indicou afinidade pelo colega de C�mara. Ele criticou o PT, disse que concorda com propostas econ�micas de Bolsonaro e afirmou que "nosso lado ideol�gico est� mostrando grande maioria no Rio e no Brasil".
Haddad, por sua vez, recebeu apoio hoje da For�a Sindical, bra�o de sustenta��o do Solidariedade, e dever� ter ao seu lado deputados de PP e PR com base no Nordeste e que fizeram campanha, assim como o presidenci�vel, com a imagem do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. "A For�a Sindical decidiu indicar aos seus filiados o apoio ao candidato Haddad no segundo turno", publicou no Twitter ap�s reuni�o com dirigentes o secret�rio-geral da central, Jo�o Carlos Gon�alves, o Juruna, bra�o direito de Paulinho da For�a (SP), deputado reeleito que preside o Solidariedade.
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