Principais aliados do presidente Michel Temer (MDB) na Bahia, os deputados federais Ant�nio Imbassahy (PSDB) e L�cio Vieira Lima (MDB) n�o conseguiram votos suficientes para mais um mandato na C�mara nas elei��es 2018. Este ano o tucano obteve pouco mais da metade dos votos que recebeu em 2014, enquanto a vota��o do emedebista foi reduzida a um quarto da que teve h� quatro anos. O Estado tem 39 representantes na Casa.
Prefeito de Salvador por dois mandatos, entre 1997 e 2004, e governador da Bahia entre maio e dezembro de 1994, Imbassahy recebeu 66.320 votos e ficou em 45� lugar. Em 2014, ele foi o quinto deputado mais votado do Estado e recebeu 120 mil votos. J� L�cio, recebeu 55.743 votos e ficou na posi��o 279 no ranking dos candidatos baianos a deputado federal em 2018. O emedebista, que havia sido o deputado baiano mais votado de 2014, com 220 mil votos.
Imbassahy teve como dificultador para sua reelei��o a rela��o pr�xima que teve com as pautas impopulares do governo Temer nos �ltimos dois anos, como as reformas trabalhista e da Previd�ncia. Entre fevereiro e dezembro de 2017, Imbassahy foi ministro-chefe da Secretaria de Governo, quando cuidou da articula��o pol�tica e atuou decisivamente para afastar as duas den�ncias da Procuradoria Geral da Rep�blica contra Temer.
L�cio foi abatido pelos esc�ndalos de corrup��o envolvendo sua fam�lia. Ele � r�u por associa��o criminosa e lavagem de dinheiro no mesmo caso em que seu irm�o, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi preso ap�s a Pol�cia Federal encontrar R$ 51 milh�es em apartamento dele em Salvador.
Quando L�cio deixar a C�mara, ser� a primeira vez desde 1975 que sua fam�lia n�o ter� cargo eletivo. O pai, Afr�sio Vieira Lima, e tamb�m Geddel, foram deputados. Ele disse � reportagem que se dedicar� � sua defesa quando deixar o cargo, mas afirmou que n�o deixar� a pol�tica. "Ficarei fora de um cargo eletivo, mas nunca da pol�tica", disse.
O emedebista disse que pretende tocar seus neg�cios na �rea de produ��o de cacau e venda e compra de gado. No MDB da Bahia, apesar de n�o ser presidente, L�cio continua sendo o principal lideran�a desde a pris�o de Geddel, e � o interlocutor da dire��o estadual do partido com Temer.
"Eu n�o me elegi porque o povo n�o quis. Faz parte. Temos que respeitar a decis�o do povo", disse o emedebista.
Imbassahy tamb�m foi procurado pela reportagem, mas as liga��es n�o foram atendidas. � a primeira vez desde 1991, quando elegeu-se deputado estadual, que ele fica fora da pol�tica. Al�m de prefeito de Salvador e governador, foi presidente da Eletrobras.
Agora, contudo, o tucano perde ainda mais poder dentro do PSDB da Bahia com o rev�s eleitoral sofrido nas elei��es 2018. Ele j� era minoria na legenda, ap�s optar por aderir ao governo Temer, mas agora pode at� deixar a pol�tica, segundo fontes pr�ximas.
O presidente do PSDB baiano, o deputado federal Jo�o Gualberto, que deixou a pol�tica eleitoral ao n�o disputar a reelei��o em 2018, � o atual detentor do comando da sigla.
Do mesmo grupo interno do tamb�m Jutahy Magalh�es Jr., que foi derrotado na corrida pelo Senado em 2018, Gualberto controla 20 dos 21 prefeitos tucanos baianos. Tem ao seu lado tamb�m o poder econ�mico, j� que � dono de supermercados de varejo, e o apoio da dire��o nacional do PSDB, por causa da proximidade com o presidente do partido e ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin, derrotado no primeiro turno este ano.
POL�TICA