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Estado de Minas POL�TICA

Jovens, militares e empres�rios ser�o a base do PSL


postado em 13/10/2018 20:20

A bancada do partido de Jair Bolsonaro no Congresso ter� mais empres�rios, militares e jovens do que a m�dia das outras legendas. Ser� composta por pol�ticos com idade, patrim�nio e origem geogr�fica peculiares. E sua representatividade em termos de ra�a e g�nero ser� quase t�o desigual quanto a do restante do futuro Parlamento. Para descobrir essas e outras especificidades do grupo, o Estado comparou os eleitos pela sigla aos de outros partidos.

Entre os 52 deputados e 4 senadores do PSL, 83% s�o homens e 72%, brancos. Os demais grupos pol�ticos somados ter�o 85% de homens e 75% de brancos. Ou seja, os bolsonaristas t�m presen�a levemente maior de negros e de mulheres, se comparados �s outras legendas somadas.

Especialistas acreditam que a composi��o da bancada do PSL n�o tem necessariamente rela��o com as propostas de seus eleitos (mais informa��es nesta p�gina). A jornalista Joice Hasselmann, deputada federal mais votada nas elei��es, com 1 milh�o de votos, por exemplo, n�o pretende encampar nenhuma pauta feminista. "Mostrei que � poss�vel vencer sem ter cota, sem ser filha de pol�tico, sem ser mulher de nenhum pol�tico, sem estar na rabeira de nenhum outro pol�tico."

Segundo ela, seu projeto "� de na��o e n�o de g�nero". Joice prefere priorizar o combate � corrup��o e cortar benef�cios nos Tr�s Poderes. "N�o tem como ter um monte de aux�lio e assessores remunerados que muitas vezes n�o est�o l�."

At� setembro, a bancada do PSL tinha oito membros na C�mara e nenhum no Senado. Considerada um partido nanico at� a divulga��o do resultado eleitoral, a sigla tornou-se a segunda maior bancada da C�mara - e pode ainda alcan�ar o primeiro lugar, com a ades�o de parlamentares de legendas que ser�o obrigadas a se fundir por n�o terem atingido o m�nimo de representa��o.

No quesito de renova��o, a composi��o da bancada do partido de Bolsonaro � majoritariamente nova - na C�mara (90%) e no Senado (75%). Nos demais partidos, a taxa nas duas Casas fica entre 40% e 42%

Boa parte dos eleitos pela legenda para a C�mara (25%) pegou carona n�o s� popularidade do capit�o reformado do Ex�rcito, mas em seu hist�rico militar. N�o faltam nomes de urna com os t�tulos de "major", "delegado", "coronel" e at� "general".

A preocupa��o com o combate ao crime levou o cabo da Pol�cia Militar de Minas Gerais Junio Amaral a iniciar a milit�ncia pol�tica em grupos de direita. "O Pa�s foi jogado muito � esquerda, nos �ltimos 30 anos, principalmente. � a hora de, no m�nimo, equilibrar esse cen�rio ideol�gico. Com certeza, h� uma guinada � direita, um levante � direita na sociedade", diz o deputado federal eleito. Cabo Junio defende o endurecimento das leis e menos benef�cios para condenados. "Isso cria um sentimento de leni�ncia e permissividade que faz o crime compensar em nosso Pa�s", sustenta.

Uma segunda caracter�stica do Cabo Junio marca a bancada do PSL como um todo. Ela � mais jovem do que a m�dia. Enquanto as outras siglas t�m a maioria dos parlamentares acima dos 50 anos, o partido de Bolsonaro concentra pol�ticos abaixo dos 40. O policial militar eleito por Minas tem 31 anos.

A bancada do grupo de Bolsonaro � tamb�m menos rica que o restante do Congresso eleito. O parlamentar mediano do PSL declarou bens que somam R$ 700 mil. Nos demais partidos, esse valor � de R$ 1 milh�o. No partido de Bolsonaro, 43% se enquadram entre os que declararam patrim�nio avaliado em mais de R$ 1 milh�o. Em outros partidos, essa propor��o chega a 50%.

Profiss�es. Apesar de ter grande n�mero de militares entre seus quadros, a sigla n�o apresenta esse grupo como a atividade mais comum. Empres�rios comp�em o maior bloco (s�o 23% no PSL, ante 11% nos demais partidos). Soraya Thronicke, nova senadora do PSL pelo Mato Grosso do Sul, com 373 mil votos, despertou para a milit�ncia pol�tica nos protestos de rua iniciados em 2013, que culminariam nos atos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A decis�o foi tomada, disse Soraya, ap�s ela perceber que os pol�ticos corruptos n�o se abalam por protestos. Negando que o candidato do PSL � Presid�ncia seja machista, Soraya disse que quer incentivar a participa��o das mulheres na economia. "N�s sempre fomos empreendedores. Ent�o, a gente sente na pele essa demoniza��o dos empres�rios e uma vitimiza��o dos funcion�rios. Queremos apenas uma economia liberal que seja �ganha-ganha� para todo mundo." S�cia do marido em dois mot�is, em Campo Grande e em Bras�lia, ela pretende trabalhar pelo Estado m�nimo e pela abertura da economia.


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