Ex-l�der da Ku Klux Klan exalta nacionalismo de Bolsonaro, que recha�a apoio

Ex-l�der do grupo racista Ku Klux Klan (KKK) nos Estados Unidos, David Duke citou o candidato do PSL � Presid�ncia no Brasil, Jair Bolsonaro, em seu pr�prio programa de r�dio no �ltimo dia 9 de outubro. Ao falar do brasileiro, Duke comemorou o fato de o candidato ser um nacionalista: "Ele soa como n�s". A fala foi revelada pela BBC Brasil e confirmada pela reportagem. Bolsonaro usou o Twitter para responder � declara��o, dizendo recusar apoio de "grupos supremacistas".

Em seu coment�rio, David Duke come�a dizendo que movimentos nacionalistas t�m se espalhado pelo mundo "at� em pa�ses que voc� nunca pensou". "Ele � um descendente europeu. Ele se parece com qualquer homem branco na Am�rica, em Portugal, Espanha ou Alemanha e Fran�a ou Reino Unido. Ele est� falando sobre o desastre demogr�fico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro. Ele soa como n�s. Ele tamb�m � um candidato muito forte. � um nacionalista", disse Duke em refer�ncia a Bolsonaro.

O presidenci�vel se manifestou no Twitter a respeito do coment�rio. "Recuso qualquer tipo de apoio proveniente de grupos supremacistas", escreveu, em ingl�s. "Sugiro que, por coer�ncia, apoiem o meu advers�rio o candidato da parte esquerda, que adora Segregar a sociedade! Esta � uma ofensa com as pessoas brasileiras, as mais belas e mistas da ra�a do mundo."

Duke chegou a ser um l�der da Ku Klux Klan, organiza��o que defende a supremacia dos brancos sobre os negros e organizou linchamentos e outros atos criminosos no sul dos Estados Unidos. O grupo sobrevive nos EUA atualmente com variadas ramifica��es segregacionistas e contr�rias a minorias.

Em 2017, o ataque na cidade americana de Charlottesville voltou a chamar a aten��o do pa�s sobre os movimentos racistas e neonazistas que defendem a supremacia branca e Duke participou da organiza��o dos atos na cidade. Uma mulher morreu ap�s um motorista jogar o carro contra manifestantes que eram contr�rios ao grupo racista. Na �poca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que havia "muito �dio e viol�ncia" em "ambos os lados" e foi fortemente criticado por n�o indicar o racismo por parte dos grupos supremacistas brancos.

No programa de r�dio, David Duke demonstrou receio com a tentativa de Bolsonaro de adotar "algumas mesmas estrat�gias de Donald Trump" de aproxima��o do pa�s com Israel. Duke � conhecido por negar o holocausto e, antes de integrar o KKK, ganhou fama ap�s aparecer vestindo um uniforme nazista. Ap�s a fala sobre Bolsonaro, ele defendeu que os pa�ses adotem uma pol�tica "n�o pr�-Israel, mas pr�-Europa e pr�-Am�rica".

Duke entrou para a KKK, segundo a imprensa americana, para alavancar sua carreira pol�tica de congressista no Estado de Louisiania pelo partido republicano, mas acabou deixando a organiza��o para formar a Associa��o Nacional para o Avan�o do Povo Branco. Ele perdeu disputas pol�ticas como uma corrida eleitoral para governador no Estado.

A chamada para o programa de r�dio, no site de Duke, aponta que ele iria celebrar a sa�da de Nikki Haley como embaixadora dos EUA na ONU e "a prepara��o de uma revolu��o pr�-brancos" por Bolsonaro, no Brasil. A chamada inclu�a um par�nteses para se referir a Haley escrito "prostituta". Em seu site, Duke se identifica como "Dr. David Duke".

De acordo com a rede de televis�o NBC, ele recebeu o t�tulo de doutor em hist�ria em 2005 de uma universidade privada ucraniana acusada de fomentar o anti-semitismo.