O desembargador Jo�o Pedro Gebran Neto, relator da Opera��o Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.� Regi�o (TRF-4), negou nesta segunda-feira, 22, pedido da defesa de Jo�o Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, de adiar o julgamento da apela��o no processo em que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa Civil-Governos Lula e Dilma) foi condenado. O Tribunal da Lava Jato vai analisar nesta quarta-feira, 24, a senten�a do juiz federal S�rgio Moro e os direitos de benef�cios ao ex-ministro, como redu��o de pena e liberdade, previstos no seu acordo de dela��o premiada.
O defensor de Vaccari, o criminalista Luiz Fl�vio Borges D�Urso, apresentou pedido ao TRF-4 nesta segunda, solicitando o adiamento do julgamento. "Peticionam os procuradores de Jo�o Vaccari Neto, requerendo o adiamento, por uma sess�o, do julgamento da presente apela��o criminal, aprazado para o dia 24 do corrente m�s, 'uma vez que a defesa pretende realizar sustenta��o oral'", registra Gebran, em despacho dado tr�s horas depois.
"Invi�vel o acolhimento do pedido", afirma o relator da Lava Jato. "Inicialmente destaca-se que os requerentes sequer justificam a impossibilidade de realiza��o de sustenta��o oral na data designada, seja presencialmente, seja por videoconfer�ncia. De qualquer modo, quest�es externas e de interesse exclusivo dos representantes n�o s�o opon�veis ao Judici�rio. As sess�es de julgamento s�o marcadas com anteced�ncia legal, n�o sendo razo�vel pretender conciliar a agenda do �rg�o julgador com os compromissos de todos os advogados."
Palocci foi condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro por propinas em um contrato para a Petrobras. O ex-petista est� preso desde outubro de 2016, quando foi alvo da Opera��o Omert�. Em junho teve sua dela��o fechada com a Pol�cia Federal homologada pelo TRF-4.
O ex-ministro tornou-se delator da Lava Jato. Por benef�cios, como diminui��o de pena, Palocci incriminou os ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff, com quem ele trabalhou no governo e em campanhas eleitorais. Em seu acordo, o ex-ministro narrou cobran�a de arrecada��o de propinas "expl�cita" supostamente feita por Lula no caso das constru��es de navios-sondas para explorar o petr�leo do pr�-sal, neg�cios il�citos na �frica, entre outros.
Parte das declara��es foi tornada p�blica no dia 1.� de outubro pelo juiz S�rgio Moro. Na semana passada, a defesa de Palocci acrescentou em sua apela��o um pedido de revoga��o de sua pris�o preventiva e redu��o de pena devido a sua "efetiva" colabora��o � pol�cia e � Justi�a pelas revela��es e provas apresentadas � Lava Jato e a outras frentes de apura��o.
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