O candidato do PT � Presid�ncia da Rep�blica, Fernando Haddad, disse nesta ter�a-feira, 23, que a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PSL) no dia 6 de setembro acabou por beneficiar a campanha do capit�o reformado e aumentou suas chances de se eleger. "Ningu�m quer ser esfaqueado para ganhar uma elei��o. O fato � que ele subiu dez pontos em uma semana no nosso tracking, isso � fato. Estava entre 18 e 19, o (candidato do PSDB Geraldo) Alckmin estava subindo, indo para o segundo turno com o PT, e ele (Bolsonaro) foi para 28 em dez dias, subiu um ponto por dia", afirmou o petista, em sabatina promovido pelos jornais O Globo e Valor Econ�mico e pela revista �poca.
Ao responder sobre a dificuldade de conseguir apoios no segundo turno, Haddad afirmou que o PT nunca teve expectativas de trazer o PSDB para a fase final da elei��o. O ex-prefeito de S�o Paulo lamentou o fato de Ciro Gomes (PDT) n�o estar a seu lado na campanha. "Fiz minha parte para defender o que considero um projeto democr�tico de Pa�s, sabendo que, em caso de vit�ria, preciso ampliar o governo para ser mais representativo da sociedade", disse.
"Eu trabalhei com pessoas do PSDB tanto no Minist�rio da Educa��o quanto na Prefeitura (de S�o Paulo). Talvez eu seja o petista mais bem relacionado hoje com o PSDB. Eu n�o sei qual vai ser o futuro do PSDB na eventualidade de o Bolsonaro ganhar. Eles t�m raiz social democrata, o que, na minha opini�o, deveria ser valorizada. Acho lament�vel que o PSDB tenha aderido � nega��o do que representa", continuou.
O candidato do PT respondeu sobre a participa��o do ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli (entre 2005 e 2012) em sua campanha, a despeito dos casos de corrup��o na empresa - foi questionado se isso n�o seria um "mau sinal" para o eleitor.
"Ele n�o responde por nenhum desvio de recurso, n�o foi delatado por absolutamente ningu�m. Foram delatados os diretores, que tinham 25, 30 anos de Petrobras. Eram de carreira, com dinheiro em para�so fiscal. Gabrielli n�o tem nada a ver com (Nestor) Cerver�, Paulo Roberto Costa". Ao ser perguntado sobre os leil�es do pr�-sal, declarou que "n�o � papel desse governo definir leil�o, e sim do governo eleito".
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