
Em entrevista ap�s votar em uma escola no Setor Militar Urbano, em Bras�lia, o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mour�o (PRTB), disse que caso ven�a as elei��es, o ajuste da economia ser� prioridade e, para isso, a Reforma da Previd�ncia que est� no Congresso "j� seria um grande passo".
"� uma decis�o que ser� tomada pelo presidente Bolsonaro. A minha avalia��o � de que a que est� no Congresso hoje ela j� seria um grande passo. Eu tenho uma vis�o muito clara. O �timo � inimigo do bom. Se n�s temos algo bom, a gente toca esse avi�o mais pra frente porque ele vai cair no nosso colo. E mais pra frente a gente consegue reajustar de uma forma melhor", afirmou o candidato, em refer�ncia � proposta enviada pelo governo Michel Temer. Mour�o disse que o ideal � aproveitar o in�cio do governo para tentar aprovar a reforma. "N�s vamos ter de aproveitar esse come�o, a lua-de-mel, para pregar pregos", disse o militar, que depois brincou: "Lua-de-mel de pobre � curta".
O general afirmou ainda que a Reforma da Previd�ncia para militares tamb�m est� prevista, com aumento do tempo de servi�o e in�cio de contribui��o para as pensionistas. Outro tema que, segundo Mour�o, tamb�m deve ter prioridade em um eventual governo Bolsonaro � a quest�o da seguran�a.
O general Mour�o disse ainda esperar "uma oposi��o construtiva e n�o oposi��o pela oposi��o" e tamb�m "pacifica��o no Pa�s" ap�s as elei��es, se eles ganharem. "Vamos manter o Brasil unido, com opini�es diferentes", comentou ele, citando que "a gente tem de respeitar as opini�es e � obvio que a elei��o vai dizer que uma opini�o � majorit�ria".
Para o general, "uma disputa eleitoral n�o pode se tornar uma briga de fac��es". E emendou: "Fui alvo de baixaria", desabafou, afirmando que "guarda m�goa, sim", deste epis�dio "porque n�o atingiu a mim, atingiu minha fam�lia". O candidato a vice contou que seus netos foram abordados na escola deles pelos colegas perguntando, "vem c�, seu av� � torturador?". Mour�o se referia ao fato de ter sido chamado de torturador pelo seu opositor, Fernando Haddad, do PT, que repetiu acusa��o equivocada feita m�sico Geraldo Azevedo.
Questionado se acreditava que a divis�o que se instalou no pa�s seja resultado de polariza��o, respondeu: "N�o, � a falta de vis�o de que o Pa�s � muito maior do que as paix�es pol�ticas. O Pa�s n�o pode ser fraturado".
Mour�o votou em uma escola em Bras�lia, em uma �rea militar, e chegou acompanhado de familiares, sem qualquer seguran�a. Tirou muitas selfies e brincou que nos �ltimos meses o ass�dio tem sido grande. Ele gastou apenas dez segundos no registro do voto, mas dedicou aten��o a todos que queriam cumpriment�-lo.
O general negou que acredita que os votos chegar�o a 60% do total, e que uma poss�vel vit�ria de Bolsonaro n�o seria a volta dos militares ao poder. "O momento totalmente diferente. J� tivemos presidentes oriundos do meio militar na nossa hist�ria. Ent�o eu acho que simplesmente n�s estamos sendo chamados pela popula��o para cumprir a miss�o que ela acha que temos", declarou ele, insistindo que ele e Bolsonaro "n�o s�o militares, s�o dois cidad�os brasileiros que foram militares". Segundo ele, a For�as Armadas continuar�o cumprindo aquilo que est� escrito no artigo 142 da Constitui��o Federal.
Mour�o explicou que "se atrapalhou" ao dizer que, se eleito, queria trabalhar em uma sala ao lado do presidente da Rep�blica, no terceiro andar no Planalto, e n�o no anexo, onde fica o gabinete do vice-presidente. "Afinal das contas, ali, eu me atrapalhei. De vez em quando eu me atrapalho. Vou ficar onde eu tenho de ficar mesmo". Sobre a miss�o que ter� em um eventual governo disse que "ainda n�o" recebeu nova miss�o. "Estou aguardando que o zero 1 me d� a miss�o. Aguardo miss�o, qualquer que ela seja."
O general disse que retorna ao Rio de Janeiro �s 15h30 e segue direto para a casa de Bolsonaro para acompanhar a apura��o das urnas ao lado do presidenci�vel.