O governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), disse nesta segunda-feira, 29, que sua prioridade no governo ser� a gera��o de emprego, com a atra��o de empresas e investimentos para o Estado, e afirmou que os trabalhos de transi��o come�am na quarta-feira, 31, no Pal�cio Guanabara.
Ele foi � Central do Brasil nesta manh� agradecer a eleitores e, durante entrevista a rep�rteres, foi confrontado mais uma vez com a placa em homenagem � vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em mar�o. Placa semelhante foi destru�da pelo ent�o candidato a deputado estadual (eleito) Rodrigo Amorim (PSL), em ato de sua campanha.
Witzel falava com jornalistas quando um homem levantou a placa (ap�s a destrui��o da original, que havia sido colocada na Cinel�ndia em tributo � mem�ria de Marielle, novas foram fabricadas). Seguran�as tentaram cont�-lo, mas ele insistiu. A entrevista seguiu.
No domingo, 28, na primeira entrevista ap�s a vit�ria, o governador eleito estava ladeado por Amorim. Ele foi o mais votado do Rio. No come�o de outubro, seu gesto violento de rasgar a placa gerou controv�rsia na campanha de Witzel - ele estava a seu lado num com�cio quando Amorim a exibiu, em dois peda�os. Questionado � �poca, Witzel minimizou a quest�o e disse n�o ser favor�vel � destrui��o.
Na entrada de um debate televisivo, o mesmo homem que nesta segunda-feira esteve na Central j� havia levado a placa e a exibido na frente de Witzel, que o recha�ou. Na entrevista desta segunda-feira, a presen�a da placa n�o foi mencionada por ele.
Ao falar sobre o conv�vio com a esquerda no Estado, afirmou: "Eu sou governador eleito do Estado do Rio. Vou governar para todos. A maioria governa. A minoria pode expor suas ideias com toler�ncia. Pode protestar? Pode. Mas tem que ser tolerante".
O eleito continuou: "Na campanha, em momento algum eu alterei meu tom de voz para ser ouvido. Quem se sentir prejudicado tem que falar. Nosso governo ser� aberto ao di�logo. A Central do Brasil ser� um grande ponto para ouvir a popula��o. N�o podemos ficar encastelados em pal�cio. Se dependesse de mim, colocava uma banquinha aqui e ficava ouvindo as pessoas".
A assessoria de imprensa de Witzel informou que "as pessoas que tentaram retirar a placa n�o fazem parte da equipe de seguran�as do governador eleito" e que "no debate da Band, o pr�prio Witzel foi conversar com o ativista que segurava a placa para prestar solidariedade".
O comunicado diz ainda que "o governador eleito condena a atitude dos seguran�as e reafirma que j� declarou outras vezes: que lamenta a morte de Marielle Franco e de qualquer ser humano em circunst�ncias criminosas e que as investiga��es do homic�dio devem ser conduzidas com rigor, dando respostas efetivas � sociedade."
Transi��o
Witzel chegou � Central de metr�. Justificou dizendo que sempre andou de metr� e que o fez depois de eleito para "mostrar para as pessoas que a gente � do povo". "O povo tem que sentir que sou igual a todo mundo. � assim que a gente vai ser. Trabalhar ouvindo o povo. Vamos colocar um quiosque aqui na Central", declarou. Ele agradeceu ao governador Luiz Fernando Pez�o (MDB) por ceder um espa�o no Pal�cio Guanabara para os trabalhos de transi��o.
Afirmou que tem "pesadelo" pensando na gera��o de emprego. "� o grande desafio. N�o depende s� de mim, preciso convencer empres�rios, fundos de investimento. O resto a gente vai fazer normalmente. J� temos um caminho, propostas de investimentos. Temos v�rios espa�os j� prontos para receber ind�strias. A prioridade � atrair empresas, retomar obras de infraestrutura, a constru��o civil. Isso vai aquecer o mercado, trazer empresas para o Porto Maravilha, para tir�-lo da fal�ncia", declarou.
Ele salientou a necessidade de fomentar o turismo. "O Rio vai ser um hub de tecnologia, assim como foi feito em Medell�n (Col�mbia). O centro da cidade tem que ser polo de cultura. Queremos chegar a 2022 com quatro milh�es de turistas". Witzel afirmou tamb�m que espera agenda com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para debater o regime de recupera��o fiscal do Estado, que ele quer renegociar.
Sobre o secretariado, reafirmou que suas escolhas n�o ser�o pol�ticas, e sim, t�cnicas. "A gente vai olhar curr�culo, as posturas, o que a pessoa j� falou a respeito do tema, para que a gente n�o seja surpreendido com declara��es. A minha preocupa��o foi primeiro ter algu�m com muita experi�ncia na �rea de Previd�ncia, que ser� o Sergio Aureliano. Agora � com a Fazenda e Planejamento".
POL�TICA