No primeiro discurso como governador eleito, o empres�rio Romeu Zema (Novo) fez um apelo para que os deputados estaduais mineiros o ajudem na gest�o – e se disp�s at� a receb�-los mensalmente durante “uma ou duas horas”. Por enquanto, pode-se dizer que o estreante na pol�tica tem como aliados na Casa apenas tr�s parlamentares eleitos por seu partido e outros seis do PSB e PV, partidos que apoiaram a candidatura do Novo no segundo turno. Da oposi��o, os 10 eleitos pelo PT e um parlamentar do PCdoB. Nas demais, a posi��o at� o momento � de uma atua��o “independente”.
Os deputados eleitos em 7 de outubro assumem o mandato em 1º de fevereiro do ano que vem – quando j� ter� um m�s da gest�o Romeu Zema. O per�odo ser� de observar o Pal�cio da Liberdade. O PSDB, por exemplo, que disputou o segundo turno com o empres�rio com a candidatura do senador Ant�nio Anastasia, surpreendeu ao n�o declarar que vai para a oposi��o.
Em reuni�o na ter�a-feira, a legenda optou por formar um bloco “livre” no Legislativo. “Tudo o que for importante para vencer a crise em Minas, n�s vamos apoiar. Mas faremos oposi��o firme em quest�es como a venda da Cemig. Quando ele fala em soltar presos, fazer ajustes na Assembleia, ele mostra que n�o consegue entender que est� entrando em searas do Judici�rio e do Legislativo”, afirmou o deputado estadual Jo�o Leite, reeleito no in�cio do m�s.
O PSDB elegeu sete deputados estaduais, mesmo n�mero do MDB, que disputou o Pal�cio da Liberdade com a candidatura do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes. No segundo turno, a legenda liberou os filiados e n�o declarou apoio a nenhum dos candidatos. Depois das elei��es, os parlamentares ainda n�o se reuniram para discutir a atua��o a partir de fevereiro. O l�der da bancada, deputado Tadeu Martins Leite, informou que a legenda vai “aguardar” o in�cio do governo e tentar ajudar em um primeiro momento. “At� porque o novo governo precisar� de apoio para fazer altera��es importantes, depois vamos discutir como vai ocorrendo para ir nos posicionando”, disse recentemente.
O PTB ter� tr�s deputados a partir de fevereiro e tende a adotar uma “liberdade cr�tica”, disse Sargento Rodrigues. “No que for interesse do povo, do contribuinte, apoiaremos tranquilamente ou at� aperfei�oaremos. Mas n�o aceitaremos projetos para, por exemplo, mexer na carreira de servidores”, argumentou. Os seis deputados federais e um estadual do PP ter�o uma reuni�o na semana que vem para definir a atua��o na Assembleia e na C�mara. “O que for em benef�cio de Minas Gerais n�s apoiaremos”, disse Gil Pereira, reeleito para a Casa. A mesma postura ser� adotada pelo Pros, que elegeu apenas Elismar Prado para o Legislativo.
Oposi��o
Pelo menos por enquanto, apenas o PT j� declarou ser oposi��o a Romeu Zema. De acordo com o l�der da sigla na Assembleia, Andr� Quint�o, o partido pretende fazer uma transi��o “tranquila” e maneira “equilibrada, correta e transparente”. “Vamos estabelecer uma pauta de projetos de interesse de Minas, mas do ponto de vista pol�tico, � natural que no ano que vem o PT assuma o lugar de oposi��o”, argumentou o parlamentar. O PT elegeu 10 deputados. O PCdoB, que ter� apenas um representante na Casa, tamb�m dever� integrar o bloco de oposi��o com os petistas.