Indicado como ministro da Defesa do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno afirmou que o fato de muitos militares terem indica��o para postos do Executivo � uma quest�o de coer�ncia. "N�o tem nada a ver com governo militar. Ningu�m est� pensando em interven��o militar, em autoritarismo, nada disso. � um aproveitamento de gente que o Pa�s n�o estava acostumado a aproveitar."
Heleno, que participa de reuni�es com integrantes do governo de transi��o no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Bras�lia, considerou natural a demora para a escolha de nomes para a equipe do pr�ximo governo e afirmou que a estrat�gia de apresentar a indica��o a conta-gotas � boa. "H� muitos candidatos. Todos apresentam credenciais significativas. A escolha � dif�cil e precisa ser pensada", disse. "N�o h� essa urg�ncia. Existe essa urg�ncia para voc�s (jornalistas), que est�o atr�s de not�cias. � uma quest�o de ter na cabe�a. E at� do ponto de vista de m�dia � bom que ele v� soltando aos poucos."
Heleno afirmou n�o ter conversado ainda com o juiz S�rgio Moro, indicado para ocupar um super minist�rio da Justi�a. "Fiz uma liga��o telef�nica r�pida. Mas a escolha foi um gol de bicicleta do meio do campo que o presidente fez."
O general n�o quis comentar o adiamento da visita do governo do Egito ao Brasil. A decis�o da suspens�o da visita � associada �s declara��es feitas pelo presidente eleito pr�-Israel. "N�o vou tecer considera��es sobre esse problema que aconteceu. N�o sou nem primeiro-ministro nem ministro das rela��es exteriores. Vai ter gente mais tarde que vai entrar nessa seara. Numa campanha, � diferente. Agora n�o. Cada macaco no seu galho. O ministro das rela��es exteriores vai tecer considera��es e levar ao presidente", disse, na tarde desta segunda.
O governo eg�pcio atribuiu o adiamento a compromissos de autoridades do pa�s. Nos bastidores, no entanto, a informa��o � de que a verdadeira causa a mudan�a de planos foi a decis�o anunciada por Bolsonaro de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusal�m.
Heleno afirmou que o trabalho humanit�rio para acolher venezuelanos tem total apoio da equipe, � um trabalho dif�cil e uma preocupa��o. "N�o tem como negar esse apoio. � um problema humanit�rio."
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