'N�o h� nenhuma movimenta��o at�pica em minhas contas', reage C�ssio Cunha Lima

O senador C�ssio Cunha Lima (PSDB/PB) pediu nesta quinta-feira, 8, "celeridade" na conclus�o do inqu�rito do qual � alvo sobre suposta pr�tica de crimes tribut�rios. A investiga��o foi aberta h� oito anos e at� agora n�o tem conclus�o. "N�o me parece razo�vel um inqu�rito que se prolongue por tanto tempo", desabafou C�ssio Cunha Lima.

Na ter�a-feira, 6, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal rejeitaram um recurso da defesa do senador pelo arquivamento do inqu�rito e despacharam os autos para a primeira inst�ncia judicial. A defesa do parlamentar alega falta de provas contra o tucano, sob investiga��o por suposta pr�tica de crimes tribut�rios quando exerceu o cargo de governador da Para�ba, em 2009.

"Na verdade fiz um agravo de uma decis�o da ministra Rosa Weber, que decidiu baixar o inqu�rito para o primeiro grau", esclareceu o senador. "O meu agravo foi pelo pedido de arquivamento por uma raz�o simples, o inqu�rito foi aberto h� oito anos e nunca provaram nada contra mim! At� quando?"

"O que eu pe�o � que o inqu�rito seja conclu�do. N�o estou pedindo que n�o haja investiga��o, at� porque nenhum ato il�cito pratiquei. Reitero que n�o me parece nem um pouco razo�vel um inqu�rito que dure quase dez anos. Assim, o que eu pretendo � que essa investiga��o seja encerrada logo."

C�ssio Cunha Lima destacou que no julgamento do seu agravo, ministros do Supremo deliberaram pelo deslocamento do inqu�rito para a primeira inst�ncia, mas recomendaram expressamente celeridade na investiga��o. "S�o oito anos de investiga��o. Nunca fui ouvido no inqu�rito, sei da acusa��o porque se fala numa suposta movimenta��o at�pica, que teria sido identificada em minhas contas."

O senador � taxativo. "Eu garanto que n�o h� nenhuma movimenta��o at�pica nas minhas contas. N�o h� qualquer hip�tese de movimenta��o at�pica nas minhas contas banc�rias. Oito anos de inqu�rito n�o me parece nem um pouco razo�vel."

Cunha Lima aponta para um detalhe que o angustia. "Eu tenho fun��o p�blica, at� janeiro, porque n�o me reelegi. Veja uma consequ�ncia muito ruim de um inqu�rito que nunca termina. Voc� tem ranqueamentos pol�ticos dos eleitores. Um deles n�o deu nota para meu desempenho no Congresso por causa da exist�ncia desse inqu�rito. Ou seja, nunca fui sequer ranqueado. Porque o crit�rio � este: quem tem inqu�rito ou a��o penal n�o entra."

"Por conta desse inqu�rito sem fim nunca tive meu mandato avaliado. O fato � que n�o tenho uma �nica condena��o por improbidade ou de car�ter penal. N�o respondo a nenhuma a��o penal."

C�ssio Cunha Lima foi prefeito tr�s vezes e governador da Para�ba por dois mandatos. "Jamais minhas contas foram rejeitadas. O que eu tenho � esse inqu�rito que n�o fecha. O que eu preciso � que deem celeridade na conclus�o de um inqu�rito que j� dura oito anos. Um inqu�rito que sequer eu conhe�o."