
Ap�s passar o fim de semana no Rio de Janeiro, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, retorna a Bras�lia nesta ter�a-feira (13) para dar continuidade � segunda semana do governo de transi��o. A expectativa para os pr�ximos dias � de que ele indique quatro nomes para as pastas de Meio Ambiente, Sa�de, Defesa e Rela��es Exteriores.
Nesse domingo, o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, que recebeu autonomia total do futuro presidente, avan�ou na montagem da equipe. Tr�s nomes teriam sido escolhidos para diferentes setores: Ivan Monteiro, para seguir na presid�ncia da Petrobras; Joaquim Levy, que est� no Banco Mundial, para a presid�ncia do BNDES; e Mansueto Almeida, para seguir na Secretaria do Tesouro ou ser o secret�rio de Fazenda.
Para os minist�rios, o �ltimo nome definido por Bolsonaro foi o da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), que ficar� na Agricultura. Al�m dela, de Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e de Guedes, tr�s ministros foram anunciados: o general Augusto Heleno, para o GSI, o juiz S�rgio Moro, para a Justi�a e Seguran�a P�blica, e Marcos Pontes, para Ci�ncia e Tecnologia.
Bolsonaro chega a Bras�lia de manh�. Esta ser� a segunda vez que ele vir� � capital desde a vit�ria nas urnas. Na agenda do presidente eleito, h� reuni�es marcadas com autoridades para dar continuidade �s articula��es e negocia��es. O futuro chefe de Estado vai se reunir com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber; com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Britto Pereira; e com o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Jos� Coelho Ferreira.
O presidente eleito tamb�m teria encontros com os presidentes da C�mara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eun�cio Oliveira (MDB-CE), respectivamente. As reuni�es, por�m, foram canceladas, de acordo com a assessoria do grupo de transi��o. O motivo das mudan�as n�o foi informado, mas, na semana passada, houve um mal-estar entre o Congresso e o futuro governo com a aprova��o, no Senado, do reajuste de 16,55% para o Judici�rio.
Cr�ticas
As decis�es iniciais de Bolsonaro j� t�m causado controv�rsia entre especialistas e pol�ticos. Em entrevista ao jornal argentino Clar�n, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que ainda n�o compreendeu as prioridades do governo do futuro mandat�rio do pa�s. “N�o se sabe exatamente o que ele (Bolsonaro) vai fazer. N�o creio que ele mesmo saiba”, disse. O tucano tamb�m analisou os motivos que embasaram a vit�ria de Bolsonaro nas elei��es presidenciais. “Inseguran�a das pessoas, condi��es econ�micas ruins, desemprego e a revolu��o industrial das redes sociais d�o como resultado medo, um sentimento de quase �dio aos que est�o no poder, ao PT especialmente. Isso foi servido de bandeja para o fen�meno Bolsonaro”, avaliou.
Ontem, Bolsonaro saiu de casa pela manh� com escolta para ir ao banco. O objetivo foi sacar dinheiro para fazer um churrasco em homenagem � equipe de seguran�a dele, em sua casa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Em seguida, o presidente eleito caminhou pela orla da praia, cumprimentou apoiadores e posou para fotos. Num dos v�deos, o presidente eleito aparece acendendo a churrasqueira, vestido com uma camisa do Am�rica, clube de futebol do Rio. Ele, contudo, � torcedor do Palmeiras e costuma afirmar que, no Rio, torce para o Botafogo.
No s�bado, Bolsonaro conversou ao vivo, por telefone, com o apresentador Silvio Santos durante a maratona de programa��o do Teleton, no SBT. Na participa��o, o apresentador fez elogios ao futuro chefe de Estado e desejou que ele tenha oito anos de governo. Silvio ressaltou ainda a escolha de Bolsonaro em definir S�rgio Moro para comandar a pasta da Justi�a. “Eu acho que o Brasil vai ter 16 anos de homens com vontade de fazer o Brasil caminhar”, afirmou. “Pode ser que isso n�o aconte�a, mas, se depender da minha vontade e da vontade das pessoas que querem o Brasil para a frente, oito anos com Bolsonaro e oito com Moro, vamos ter 16 anos de um bom caminho”, concluiu.