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Estado de Minas POL�TICA

Novatos dobram n�mero de votos na C�mara e gastam menos


postado em 19/11/2018 12:16

Gra�as � onda de renova��o na elei��o de 2018, pol�ticos "novatos" receberam 30% dos votos nominais dos eleitos para a C�mara dos Deputados - quase o dobro da parcela obtida em 2014. Apesar desse crescimento, a tradi��o na pol�tica mostrou que ainda tem for�a: sete em cada dez votos dos deputados eleitos foram dados para "veteranos" que j� haviam exercido ao menos um mandato eletivo - como prefeitos ou nas esferas estaduais ou federais do Executivo ou do Legislativo.

Um avan�o ainda maior dos novatos pode ter sido brecado por a��o das grandes m�quinas partid�rias. PT, PSDB e MDB, as tr�s legendas que dominaram a pol�tica brasileira nos �ltimos 30 anos, tiveram renova��o baixa: em m�dia, 90% dos votos dos eleitos dessas bancadas foram para concorrentes que disputavam a reelei��o ou j� haviam exercido mandatos eletivos.

Eles tamb�m tiveram mais dinheiro para fazer campanha: nos tr�s partidos, os veteranos abocanharam 92% dos recursos entre os eleitos.

A diferen�a fica clara quando se compara o PT ao PSL, por exemplo. As legendas, que formaram as maiores bancadas para a nova legislatura, t�m l�gicas inversas: dentre os petistas, 50 dos 56 eleitos j� ocuparam algum cargo eletivo; no partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, 47 dos 52 s�o novatos.

A propor��o de votos nominais espelha a representa��o que os novatos ter�o na C�mara a partir do ano que vem. Dentre os 513 parlamentares eleitos, 161 deles, ou 31%, ser�o pessoas cuja estreia na pol�tica se dar� na Casa. Considerando todas as bancadas, os novatos gastaram apenas 18% dos recursos. Ou seja, tiveram aproveitamento melhor, j� que obtiveram 30% dos votos nominais.

As campanhas deles custaram, em m�dia, R$ 6 por voto - metade do custo para os veteranos, que desembolsaram cerca de R$ 12 por cada eleitor, numa divis�o das despesas de campanha pelo n�mero de votos. "Isso pode estar ligado a um perfil diferente de pol�tico, que usou muito as redes sociais, e pelo efeito de manada dos grandes puxadores de voto", disse a cientista pol�tica Lara Mesquita, da FGV.

Alguns casos s�o emblem�ticos e ilustram bem o cen�rio que as urnas pintaram em outubro. O voto mais "barato" para deputado em todo o Pa�s foi o de Alexandre Frota (PSL-SP), com m�dia de nove centavos - conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Ele n�o recebeu verbas do partido.

Outro caso de destaque � o de Joice Hasselmann, tamb�m do PSL paulista, que desembolsou cerca de 22 centavos por eleitor. Ambos s�o ativos nas redes sociais e ajudaram, mesmo com pouco dinheiro declarado � Justi�a Eleitoral, a difundir o bolsonarismo, que teve na internet sua maior arma de campanha.

Apesar de ser a legenda que mais chama aten��o por causa da avalanche de deputados novatos - que propiciaram o aumento superlativo da sigla -, o PSL n�o foi quem teve o maior porcentual de votos nominais em estreantes para a nova C�mara. O nanico PRP, que elegeu apenas quatro parlamentares, sendo tr�s iniciantes, registrou 72% para esses candidatos.

Antes do PSL, ainda aparecem o PHS, com 69%, e o PTB, com 65%. O porcentual de votos em inexperientes do partido de Bolsonaro foi de 64%.

Com dados que mostram o resultado da estrat�gia aplicada pelos partidos tradicionais neste ano, PT e PSDB t�m o menor porcentual de novatos na lista de eleitos: 9% e 11%, respectivamente.

O enxugamento dos recursos nos �ltimos quatro anos, com a proibi��o da doa��o empresarial, fez com que as legendas grandes focassem em concentrar o dinheiro do novo fundo eleitoral em candidatos vi�veis, sem margem para grandes aventuras.

Funcionou no caso do PT, que, apesar de perder parlamentares por causa do aumento da fragmenta��o da Casa, saiu das urnas com a futura maior bancada. Os tucanos, por outro lado, sofreram um baque: passaram da terceira legenda com mais representantes eleitos em 2014 para a nona em 2018. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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