Com acenos para a �rea social, o economista Paulo Guedes, futuro da Economia, afirmou neste s�bado que o governo Jair Bolsonaro (PSL) ser� "eficiente e fraterno". "O que n�o pode �, em nome da fraternidade, degenerar toda pol�tica. E quando algu�m perguntar voc� diz: 'n�o, eu estou ajudando esse pobre'", criticou. Guedes participou hoje do encerramento do Congresso do Movimento Brasil Livre, em S�o Paulo.
"Foram as grandes religi�es que trouxeram a mensagem de solidariedade, e a esquerda roubou essa bandeira e parece ter o monop�lio de defender os mais pobres. Mas os liberais sabem que as economias de mercado s�o a maior ferramenta de inclus�o social da Hist�ria", defendeu.
Para Guedes, o Brasil "virou uma grande folha de pagamentos" e acaba sobrando pouco dinheiro "para baixo", referindo-se aos mais pobres.
Em sua fala, afirmou que vivemos uma "democracia virtuosa" e destacou a import�ncia de existir a oposi��o. "Estamos numa democracia virtuosa e, apesar dessas paix�es, a grande verdade � que se n�o existe Fluminense n�o existe Flamengo. Precisamos do outro lado", discursou.
Guedes disse que, enquanto o regime militar foi importante para investimentos na �rea da infraestrutura, os governos subsequentes foram importantes para investimentos na �rea social como o Programa Bolsa Fam�lia, que considera ser baseado em ideias da Universidade de Chicago e de Milton Friedman, que foi seu professor.
Ele considerou que a esquerda, em nome do discurso de ajudar os mais pobres, resolveu dar "dinheiro na veia" da popula��o atrav�s do Bolsa Fam�lia, mas apenas isso n�o � suficiente para melhorar a vida da popula��o. "Hoje, se voc� quer ajudar o mais pobre, primeiro tem que subir para Bras�lia, passar por todos os minist�rios, girar bastante esse dinheiro... E a� se sair 100 (reais) do contribuinte, chega 3 no Bolsa Fam�lia. Isso est� errado."
O futuro ministro avaliou que a elei��o de Jair Bolsonaro representa o rompimento de um sistema "exaurido". Segundo ele, o Pa�s passou por um c�rculo vicioso que come�ou com o MDB, passou pelo PSDB, depois PT e voltou para o MDB durante os �ltimos 30 anos de redemocratiza��o. "O modo dirigista acabou corrompendo a pol�tica e derrubando economia e nos perdemos nesse moinho circular."
Tamb�m criticou o crescimento do Estado e dos gastos p�blicos. "O Pa�s virou uma ciranda financeira, inferno dos empreendedores, o para�so dos rentistas, com juros altos e atividade econ�mica desfalecendo. Brasil entrou na armadilha do baixo crescimento e n�o conseguiu fazer transforma��o do estado", disse. Guedes mencionou que o Brasil "reconstr�i uma Europa por ano sem sair da pobreza" com a d�vida p�blica. "O governo impede progresso econ�mico no Brasil. O excesso de governo acabou intoxicando economia", afirmou em outro momento.
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