
As investiga��es da PF apontaram que Pez�o sucedeu o ex-governador S�rgio Cabral (MDB), condenado e preso em outras fases da Opera��o Lava Jato, n�o apenas no cargo, mas tamb�m como chefe da "organiza��o criminosa" que atuaria no governo do Estado do Rio. Pez�o teria apenas passado a usar outros operadores administrativos e financeiros, disse o delegado federal Alexandre Bessa, respons�vel pela investiga��o.
O ponto de partida, segundo os delegados da PF, foram documentos colhidos em etapas anteriores da Opera��o Lava Jato do Rio, a Calicute e a Efici�ncia, al�m do depoimento em dela��o premiada de Carlos Miranda, tido como operador do ex-governador Cabral.
"Identificamos que de fato a hip�tese levantada pelas dela��es foram corroboradas por elementos externos e independentes", afirmou Bessa, em entrevista coletiva.
Na dela��o premiada, Miranda disse que Pez�o recebia mesada de R$ 150 mil por m�s, com direito a 13º pagamento, quando era vice-governador, entre 2007 e 2014. Esses valores est�o inclu�dos nos valores apurados pela PF, somados a recebimentos posteriores. Segundo Bessa, a investiga��o coletou 22 anota��es sobre Pez�o.
A cobran�a de propina em contratos com fornecedores e prestadores de servi�os, na m�dia de 5% sobre os valores contratados, se manteve durante a gest�o Pez�o. Bessa afirmou que contatos telef�nicos e outros ind�cios apontam que a pr�tica continuou at� o in�cio das investiga��es.
"O esquema era muito pujante at� a crise econ�mica, mas sempre permaneceu", afirmou o delegado, completando que as cobran�as em cima das empresas eram fortes. No Rio, a PF evitou informar nomes de pessoas e empresas, mas informou que uma das opera��es investigadas foi uma licita��o de R$ 100 milh�es. Bessa citou obras de pavimenta��o como exemplo de licita��es com propina.