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Estado de Minas

Minist�rio de Bolsonaro tem mais militares do que os de Geisel e M�dici

Presidente eleito anuncia o almirante Bento Costa Lima para o Minist�rio de Minas e Energia. Com ele, j� s�o cinco os integrantes das For�as Armadas no governo do capit�o da reserva


postado em 01/12/2018 06:00 / atualizado em 01/12/2018 08:43

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou ontem mais um militar para compor o seu minist�rio: o almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque J�nior, que vai assumir a pasta de Minas e Energia. Com isso, j� s�o cinco os militares que ocupar�o a Esplanada a partir de janeiro. Nos tr�s �ltimos governos da ditadura, encerrada em 1985, apenas o presidente Jo�o Batista Figueiredo teve tantos ministros militares. Seus antecessores, Ernesto Geisel e  Em�lio Garrastazu M�dici, contaram com quatro militares em seu governo.

Dos cinco ministros militares de Figueiredo (15 de mar�o de 1979 a 15 de mar�o de 1985), dois ocuparam cargos em parte do mandato: o general Rubem Ludwig (que comandou a Educa��o entre novembro de 1980 e agosto de 1982) e o coronel Jarbas Passarinho, que respondeu pela Previd�ncia Social entre novembro de 1983 e mar�o de 1985. Passarinho tamb�m exerceu cargos eletivos (senador e governador do Par�). Os tr�s militares que comandaram pastas durante o governo Figueiredo foram: Golbery do Couto e Silva (Gabinete Civil), C�sar Cals (Minas e Energia) e M�rio Andreazza (Interior).

No governo Geisel (15 de mar�o de 1974 a 14 de mar�o de 1979) foram nomeados ministros os militares Golbery do Couto e Silva (Gabinete Civil),  Ney Braga (Educa��o), Euclides Quandt de Oliveira (Comunica��es) e Dyrceu Ara�jo Nogueira (Transportes). J� o governo M�dici (30 de outubro de 1969 a 15 de mar�o de 1974) teve Jarbas Passarinho na Educa��o, Hygino Caetano Corsetti nas Comunica��es, Jos� Costa Cavalcanti no Minist�rio do Interior, e M�rio Andreazza na pasta de Trabalho e Previd�ncia Social.

Ontem, ap�s participar de agenda em Guaratinguet� (SP), Bolsonaro afirmou que poder� escolher mais militares  e que as indica��es ocorrem com base no curr�culo dos indicados.

A nomea��o de Costa Lima, de 60 anos, para Minas e Energia deve fortalecer o desenvolvimento da tecnologia nuclear no pa�s. O almirante ocupa o cargo de diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnol�gico da Marinha. Passou os �ltimos dois anos concentrado no projeto do submarino de propuls�o nuclear que tem sido desenvolvido pelo Brasil em parceria com a Fran�a. O submarino, que j� teve seu projeto b�sico aprovado, � avaliado em cerca de R$ 35 bilh�es, a pre�os atuais. A expectativa � que sua constru��o se inicie em 2022.

“(Costa Lima) � um almirante, s� ver o curr�culo dele. Ele � f�sico, uma pessoa honrada e que est� com muita vontade de buscar solu��es para quest�es graves que temos pela frente, entre as quais a de energia. N�o podemos esperar um novo apag�o para tomar provid�ncia”, disse Bolsonaro.

No governo, o almirante dever� dar um destino �s obras paralisadas da usina de Angra 3. Projeto do per�odo militar, Angra 3 come�ou a ser erguida em 1984. Suas obras ficaram paralisadas por 25 anos, at� serem retomadas em 2009 pelo ex-presidente Lula. O empreendimento travaria novamente em 2015, por causa de den�ncias da Lava-Jato.

At� agora, Bolsonaro anunciou 20 ministros. Na campanha, ele dizia que faria um governo com apenas 15 pastas. O n�mero de minist�rios pode, no entanto, chegar a pelo menos 22. Al�m da pasta de Direitos Humanos, Fam�lia e Mulheres, o presidente eleito deve anunciar o escolhido para o Meio Ambiente. Bolsonaro ainda analisa se mant�m como minist�rios Trabalho e Ind�stria e Com�rcio.

DIREITOS HUMANOS
Depois de rejeitar nomes defendidos pela bancada evang�lica para o novo Minist�rio da Cidadania,  Bolsonaro convidou a advogada e pastora Damares Alves para chefiar o a futura pasta de Direitos Humanos, Fam�lia e Mulheres. O detalhe � que Damares � assessora lotada no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), um dos pol�ticos mais pr�ximos de Bolsonaro na campanha, que espera um convite para compor o primeiro escal�o. O parlamentar n�o conseguiu se reeleger em outubro.

Para boa parte dos 88 deputados federais e quatro senadores da bancada evang�lica, a escolha de Damares “atravessou” os lideres do grupo e foi uma “afronta” e “ingratid�o” a Magno Malta. Em Cachoeira Paulista (SP), onde visitou o Santu�rio da Can��o Nova, Bolsonaro disse a jornalistas que Malta n�o ficar� “abandonado”, mas que n�o deve assumir um minist�rio. “Ele tem como participar do governo em outra fun��o”, disse. Essa fun��o, no entanto, n�o est� definida.

“Infelizmente, os minist�rios est�o se esgotando”, declarou o presidente eleito. “N�o fiz campanha prometendo absolutamente nada para ningu�m, pretendemos aproveitar as boas pessoas, agora n�o podemos dar minist�rio para todo mundo”, disse. O senador enfrenta forte resist�ncia do n�cleo militar do governo de transi��o. O grupo reitera que o senador n�o agrega � equipe ministerial.

'INDULTO ZERO' Questionado sobre o decreto do indulto assinado pelo presidente Michel Temer, Bolsonaro garantiu que em seu governo n�o assinar� nenhum indulto e far� com que condenados por corrup��o cumpram a pena integralmente. “J� que indulto � um decreto presidencial, a minha caneta continuar� com a mesma quantidade de tinta at� o final do meu mandato em 2022. Zero indulto”, declarou.

Sobre a pris�o do governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (MDB), o presidente eleito disse que, se o pol�tico for culpado pelos crimes dos quais � acusado, n�o lamenta a pris�o. “Eu cal�o 42. Cada um que pague pelos seus crimes”, afirmou, em Guaratinguet�, ao ser questionado sobre a pris�o de Pez�o.

INTERVEN��O NO RIO
Em outra entrevista ontem, Bolsonaro afirmou que seu governo n�o vai prorrogar a interven��o federal na Seguran�a P�blica do Rio. Sinalizou, por�m, que poder� manter a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que manteria as For�as de Seguran�a no estado. “Eu assumindo n�o prorrogarei (a interven��o). Se quiserem falar em GLO, eu vou depender do Parlamento para assinar a GLO”, disse Bolsonaro. O governador eleito no Rio, Wilson Witzel (PSC), j� d� como certo o fim da interven��o a partir de janeiro e falou que pretende pedir ao governo federal a prorroga��o do decreto da GLO por 10 meses.

SURPRESA Durante formatura de 530 sargentos da Escola de Especialistas de Aeron�utica, em Guaratinguet� (SP), o presidente eleito Jair Bolsonaro surpreendeu todos que acompanhavam a cerim�nia ao descer da sacada para a �rea externa e entregar o Pr�mio For�a A�rea Brasileira (FAB) a dois sargentos formados. O comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, havia sido chamado pelo mestre de cerim�nias, mas Bolsonaro fez quest�o de fazer a entrega. 


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