Em uma tentativa de quebrar a hegemonia do MDB no comando do Senado e frear a articula��o do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para voltar � presid�ncia da Casa, senadores eleitos do PSDB, PDT, PPS, Rede e setores do PSL avaliam apoiar a candidatura de Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O nome do tucano conta com a simpatia do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), que foi advers�rio pol�tico de Tasso no Cear�, e tamb�m do bloco PPS, PDT e Rede, que soma 14 senadores.
"Tasso � um nome excelente, tem o perfil. Uma das nossas preocupa��es � termos algu�m respeit�vel, que possa elevar o nome do Senado, mas n�o podemos ter um nome s�. Nosso objetivo � compor uma maioria e, para isso, � preciso abrir portas", disse Cid Gomes.
A bancada do PSDB, que conta com oito senadores (e deve receber mais uma parlamentar, Maisa Gomez, do Acre), apoia o nome de Tasso, o que daria a ele, na largada, 23 votos.
A movimenta��o ocorre no momento em que aliados do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vislumbram dificuldades no Senado devido � fragmenta��o partid�ria registrada na elei��o.
A pedido de Bolsonaro, o PSL n�o deve disputar a presid�ncia da Casa e o presidente eleito tem dito n�o pretender atuar na disputa. A sigla, por�m, rejeita Renan. Um cen�rio avaliado pelo PSL � o de apoiar o senador David Alcolumbre (DEM-AP), mas, se ele n�o se viabilizar, Tasso � visto como uma op��o "moderada".
O senador tucano se reuniu na semana passada com a depurada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP). Quando questionado sobre sua candidatura, Tasso diz que, se for apoiado por um conjunto de partidos, aceita o "desafio".
Oposi��o
O PT at� agora n�o fez uma discuss�o formal sobre a posi��o do partido na escolha do presidente do Senado. Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), l�der da legenda na Casa, a sigla defende a manuten��o da regra da proporcionalidade - pela qual o MDB, que tem a maior bancada, indica o presidente - como forma de blindar o Senado de um poss�vel avan�o do Executivo.
"Tem de ser algu�m com autonomia e independ�ncia. Viemos de dois per�odos com o Executivo fraco (Dilma Rousseff e Michel Temer), Legislativo fraco por causa da Lava Jato e Judici�rio forte. Agora, precisamos de algu�m para enfrentar o Executivo e at� o Judici�rio", disse Costa.
O l�der petista n�o quis falar em nomes, mas outros senadores da sigla, em conversas reservadas, disseram que, caso Renan n�o se viabilize, o PT pode apoiar um outro nome, como o de Tasso, j� que os petistas n�o ficariam em hip�tese alguma ao lado de Simone Tebet (MDB-MS). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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