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Estado de Minas POL�TICA

Jana�na sobre caso Lewandowski: n�o � crime externar que sente vergonha de algo


postado em 05/12/2018 16:01

A deputada eleita Jana�na Paschoal (PSL-SP), que det�m recorde hist�rico de 2 milh�es de votos, afirmou nesta quarta-feira, 5, que o advogado Cristiano Caiado de Acioli, de 39 anos, "jamais poderia ter sido detido" por criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) para o ministro Ricardo Lewandowski. Durante voo que partiu de S�o Paulo para Bras�lia, nesta ter�a-feira, 4, o advogado disse que a Corte � uma "vergonha", e, em seguida, o ministro amea�ou se ele queria ser preso.

Jana�na, uma das autoras do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), manifestou-se em seu perfil no Twitter. "Muito triste o epis�dio do ministro e do advogado no avi�o, ontem. Sei que n�o � agrad�vel ser alvo de protesto (ainda que individual), mas n�o constitui nenhum crime externar que se sente vergonha de algo, ou algu�m. O advogado jamais poderia ter sido detido por isso!."

A deputada escreveu ainda. "H� anos, em minhas aulas, denuncio que, no Brasil, falar passou a ser crime hediondo. Por outro lado, atos verdadeiramente reprov�veis s�o vistos como bagatela. Minha solidariedade ao colega!"

O epis�dio envolvendo Lewandowski ocorreu no voo G3 1446, da Gol, que deixou o Aeroporto de Congonhas, em S�o Paulo, �s 10h45, e aterrissou no Aeroporto Internacional de Bras�lia �s 12h50, com 20 minutos de atraso.

No v�deo, o advogado diz: "Ministro Lewandowski, o Supremo � uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando eu vejo voc�s". O ministro responde: "Vem c�, voc� quer ser preso? Chamem a Pol�cia Federal, por favor". Em seguida, o ministro diz que o advogado ter� de explicar para a Pol�cia Federal o que falou a ele.

At� as 13h20 o advogado continuava retido na aeronave por determina��o de agentes da Pol�cia Federal. � reportagem, Caiado disse que n�o sabia o motivo de estar sendo retido. O advogado � filho da subprocuradora-geral da Rep�blica aposentada Helenita Am�lia Gon�alves Caiado de Acioli.

"Sou pessoa que tem retid�o na vida, procuro n�o fazer mal aos outros, sou uma pessoa patriota, serena, amo o Direito e o Pa�s e acho que todo o cidad�o tem direito de se expressar e sentir vergonha ou n�o pelo Supremo Tribunal Federal. Eu disse o que penso. A gente n�o vive ainda ditadura neste Pa�s. Acho que todas as pessoas t�m direito de se expressar de forma respeitosa", disse por telefone � reportagem, ainda no avi�o.

"(Ainda em S�o Paulo) A Pol�cia Federal chegou e perguntou se eu iria causar problemas. Eu falei que eu tenho direito de criticar o Supremo. Eu fiz respeitavelmente, � direito constitucional meu, n�o causei tumulto nem nenhum tipo de crime. Fiz minha parte que era me manifestar de forma respeitosa. Tiraram c�pia do documento de identifica��o e liberaram o avi�o. Quando pousamos, fiz desagravo particular meu porque estou muito abalado emocionalmente", contou.

Durante a conversa com a reportagem, Caiado perguntou ao agente federal que o acompanhava na aeronave o motivo de estar sendo mantido dentro dela. "Ele disse que eu n�o posso saber por que estou sendo retido. Eu tenho convic��o de que n�o faltei ao respeito ao ministro, ele me desrespeitou devido ao cargo que ocupa. N�o poderia, como guardi�o da Constitui��o, reprimir o direito constitucional de um cidad�o."

"O que me causa espanto � aquela quest�o do Estado contra o inimigo. Se eu fosse o Lula talvez o grau de amistosidade seria outro. Acho que temos que ter compostura para ouvir uma cr�tica, desde que ela seja respeitosa."

Em nota, o gabinete do ministro Ricardo Lewandowski afirmou: "Ao presenciar um ato de inj�ria ao Supremo Tribunal Federal, o Ministro Ricardo Lewandowski sentiu-se no dever funcional de proteger a institui��o a que pertence, acionando a autoridade policial para que apurasse eventual pr�tica de ato il�cito, nos termos da lei."


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