
Com a diploma��o efetivada e a equipe ministerial fechada, Jair Bolsonaro se prepara para iniciar o mandato no Pal�cio do Planalto com o apoio direto de oito oficiais das For�as Armadas. O n�mero � maior do que os indicados pelos cinco principais presidentes do per�odo militar, na d�cada de 1960: Humberto Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Em�lio Garrastazu M�dici, Ernesto Geisel e Jo�o Figueiredo.
Al�m dos generais Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Seguran�a Institucional), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e do almirante Bento Costa Lima Leite (Minas e Energia), o primeiro escal�o ainda � composto pelos capit�es Tarc�sio Freitas (Infraestrutura) e Wagner Ros�rio (Controladoria-Geral da Uni�o) e o tenente-coronel Marcos Pontes (Ci�ncia e Tecnologia). Al�m deles, o general Santa Rosa vai comandar a Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE), que n�o tem status de minist�rio.
“� preciso somar ainda o presidente Bolsonaro (capit�o) e o vice Hamilton Mour�o (general)”, diz o escritor Luiz Cl�udio Cunha, que ontem abriu a audi�ncia p�blica no Senado em homenagem aos 70 anos da Declara��o Universal dos Direitos Humanos, institu�da pela Assembleia Geral das Na��es Unidas em dezembro de 1948. Durante o evento, a forte presen�a dos militares no futuro governo foi vista como um risco para o regime democr�tico por palestrantes. Nos governos da ditadura, havia tr�s minist�rios militares, um para cada For�a, que foram extintos em 1999 por Fernando Henrique Cardoso — ele criou a pasta da Defesa.
Um dos ministros militares integrante de v�rios governos na ditadura foi Jarbas Passarinho, que chegou ao posto de tenente-coronel, al�m de governador do Par�, presidente do Senado e ministro da Educa��o, Previd�ncia Social nas gest�es Figueiredo, M�dici e Costa e Silva — tamb�m foi o titular da Justi�a no per�odo Collor de Mello.