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Estado de Minas POL�TICA

PGR denuncia Agripino Maia por funcion�rio fantasma e desvio de R$ 590,6 mil


postado em 13/12/2018 20:04

A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, denunciou nesta quinta-feira, 13, o senador Jos� Agripino Maia (DEM-RN) por peculato e associa��o criminosa ao liderar um esquema que desviou R$ 590,6 mil do Senado Federal por meio de pagamentos a um funcion�rio fantasma. Tamb�m foram denunciados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) o vereador de Campo Redondo (RN) Victor Neves Wanderley e o servidor p�blico aposentado Raimundo Alves Maia Junior.

A den�ncia mostra que Agripino Maia nomeou Victor Neves Wanderley em 11 de mar�o de 2009 para assumir o cargo de assistente parlamentar no Senado Federal. Wanderley, no entanto, n�o exerceu de fato a fun��o entre mar�o de 2009 e mar�o de 2016, segundo a den�ncia. "Foi um funcion�rio fantasma designado para implementar o desvio e a apropria��o il�cita de R$ 590.633,43, para serem distribu�dos entre os denunciados", escreveu Raquel Dodge. Nesses sete anos, Wanderley trabalhou em uma farm�cia que pertencia a seu tio.

A acusa��o narra que Wanderley manteve-se vinculado � associa��o criminosa, aceitando nomea��es fict�cias que o tornaram um funcion�rio fantasma que n�o prestava servi�os p�blicos mas era remunerado por eles. A seguir, diz a den�ncia, Wanderley transferia o sal�rio que recebia para Raimundo Maia, que realmente prestava servi�os ao senador Agripino Maia.

"No per�odo de 11 de mar�o de 2009 a 20 de mar�o de 2016, de sete anos, Victor Neves Wanderley recebeu do Senado Federal remunera��o, sem nunca ter trabalhado em qualquer fun��o para a qual foi nomeado. A seguir, cumprindo seu papel no esquema criminoso ora denunciado e atuando em unidade de des�gnio com os outros dois denunciados, repassou a maior parte destes valores para Raimundo Alves Maia Junior e uma parte foi transferido para o Senador Agripino Maia", diz a den�ncia.

Dos R$ 590,6 mil desviados entre 2010 e 2015, ao menos R$ 460,9 mil, cerca de 78%, foram repassados para Raimundo Maia, sua esposa, filha e filho. Do total, R$ 433,8 mil foram repassados por Wanderley para a conta de Raimundo por meio de transfer�ncia banc�ria; R$ 6,2 mil foram repassados por Wanderley para Ester Emerenciano Maia, esposa de Raimundo Maia; R$ 19,8 mil foram repassados por Wanderley para Gabriella Emerenciano Maia, filha de Raimundo Maia; e R$ 1,1 mil foram repassados por Wanderley para Marcelo Augusto Emerenciano Maia, filho de Raimundo Maia.

A Secretaria de Gest�o de Pessoas do Senado Federal informou que Wanderley tem resid�ncia em Natal e as investiga��es mostraram que ele nunca residiu em Bras�lia. Os investigadores solicitaram ent�o que companhias a�reas apresentassem os registros de viagens de Wanderley entre Natal (RN) e Bras�lia de 2009 a 2015, mas nenhum foi encontrado.

Em 2010, quando j� recebia valores desviados do Senado, Wanderley foi preso em flagrante por crime contra a sa�de p�blica. � autoridade policial, declarou que trabalhava como gerente na Farm�cia A. A. Souza Wanderley, de propriedade de seu tio Adriano Alberto de Souza Wanderley. "Assim, Victor Neves Wanderley foi gerente da empresa do tio no per�odo em que esteve formalmente vinculado ao Senado Federal. No Senado, se efetivamente a cumprisse, sua jornada de trabalho seria de 40 horas semanais regulamentares. Na Assembleia Legislativa do RN, outras 40 horas semanais."

Entre mar�o de 2013 e janeiro de 2016, per�odo em que recebeu remunera��o por supostamente trabalhar no Senado, Wanderley foi auxiliar de escrit�rio na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, ocupando cargo em comiss�o no gabinete do deputado estadual Agrido Alves.

Aos investigadores, Wanderley confessou que, durante tr�s anos, recebeu sua remunera��o estadual mensal de R$ 2.201,72 sem nunca ter trabalhado na Assembleia Legislativa. "Que por volta de 2010, o depoente solicitou uma ajuda ao Deputado Estadual AGNELO ALVES; o qual nomeou o depoente para uma fun��o na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte; Que o depoente nunca foi na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, apesar de receber a remunera��o correspondente; Que a situa��o perdurou at� o final de 2015 ou in�cio de 2016", mostra o depoimento.

Outro lado

Procurada a assessoria de imprensa do senador Agripino Maia n�o respondeu at� a conclus�o desta publica��o. A reportagem tenta contato com as defesas de Victor Neves Wanderley e de Raimundo Alves Maia Junior.


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