'N�o pode ser uma solu��o em armas', diz Silva e Luna sobre Venezuela

Convidado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro a permanecer no governo federal, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, ex-ministro da Defesa, desaconselhou o novo governo a apoiar ou participar de uma a��o militar na Venezuela, apesar de press�es externas de advers�rios do governo bolivariano de Nicol�s Maduro, criticado pelo novo presidente brasileiro.

"Vamos enfrentar um bando de desassistidos com arma?", questionou o ex-ministro. "Nem pensar (em a��o militar na Venezuela). A solu��o � outra. N�o pode ser de intoler�ncia, de agredir. N�o pode ser uma solu��o em armas."

Interven��es de parte dos Estados Unidos j� foram cogitadas e sondadas junto a autoridades diplom�ticas. O governo Michel Temer recha�ava essa ideia. Maduro acusa o Brasil, a Col�mbia e o governo Donald Trump, de quem Bolsonaro se aproximou, de planejarem um compl�.

O ex-ministro, que trabalhou na Defesa em diferentes cargos desde gest�es petistas, deve ocupar um cargo na �rea econ�mica. Bolsonaro afirmou, em discurso, que ele "n�o vai colocar o pijama" e, em privado, convidou o ministro sobre a perman�ncia.

Em seu discurso, o ministro tratou do desemprego ao redor do mundo e indicou que considera a quest�o humanit�ria. "A onda de desemprego vai vir, � inevit�vel", disse, citando as ondas migrat�rias na �frica, Oriente M�dio e Am�rica Latina.

O ministro considera que o governo deve investir em complementa��o de renda, porque a for�a de trabalho n�o ter� tempo de se qualificar e o governo ter� gastos com desempregados, sa�de e seguran�a p�blica. "Tem que se estabelecer um teto m�nimo de sobreviv�ncia para o ser humano".

Ele falou sobre a mudan�a de perfil do pessoal nas For�as Armadas. Segundo o general, n�o h� espa�o para aumento do efetivo: "Zero chances". Ele defende a contrata��o de militares tempor�rios, t�cnicos e a manuten��o m�nima dos combatentes de carreira.