No dia em que mais uma declara��o que fez em rela��o a costumes causou pol�mica nas redes sociais, a ministra da Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos Damares Alves afirmou, em entrevista � noite na Globo News, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) n�o vai retirar nenhum direito adquirido da popula��o LGBT. Apesar de insistir que vai combater o que chama de ideologia de g�nero nas escolas, fixando os pap�is dos sexos de nascimento das crian�as, ela afirmou que casais homossexuais poder�o, por exemplo, continuar adotando filhos.
“N�o queremos mudar isso. Nenhum direito adquirido vai ser violado pelo governo Bolsonaro, que isso fique claro. O homossexual pode adotar crian�a, qualquer pessoa acima de 21 anos no Brasil pode, desde que tenha 16 anos de diferen�a do adotante para o adotado. Isso � direito adquirido”, disse, perguntanda especificamente sobre a ado��o.
Questionada se aceitaria os novos tipos de fam�lia, incluindo as de casais do mesmo sexo, a ministra disse que o minist�rio vai respeitar os v�nculos. “Temos av� com um neto, um pai com um filho, esses v�nculos precisam ser fortalecidos. O minist�rio vai estar respeitando os v�nculos”, disse. Ainda segundo Damares, as configura��es familiares “est�o a�”.
Combate � viol�ncia LGBT
Ainda de acordo com Damares Alves, o governo Bolsonaro manteve uma diretoria para tratar dos direitos dos LGBTs, que vai focar no combate � viol�ncia contra os gays. Tal fun��o est� na Secretaria de Prote��o Global. “N�o foi mexido nada no que eles j� vinham fazendo”, disse.
A ministra voltou a dizer, na entrevista, que a fala sobre meninos vestirem azul e meninas rosa foi uma met�fora para defender o ensino da identidade biol�gica nas escolas. “Podemos chamar meninas de princesa no Brasil e meninos de pr�ncipe e isso n�o traz nenhuma confus�o”, acrescentou.
Ao falar sobre viol�ncia contra a mulher, que disse n�o ser ‘mimimi’, ela afirmou que as crian�as devem ser tratadas diferentemente em raz�o do sexo. Para Damares, se meninos forem tratados da mesma forma que meninas, eles v�o “dar porrada na menina porque ela aguenta”. A ministra disse que pretende fazer uma “revolu��o” no pa�s e tratar menina como menina, para que o Brasil se torne o melhor pa�s para mulheres viverem.
Questionada sobre o Brasil ser o pa�s que mais mata homossexuais no mundo, Damaris defendeu que o respeito “�s diferen�as” seja ensinado na escola.