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Estado de Minas POL�TICA

Promotoria diz que poder� quebrar sigilos de Queiroz e sua fam�lia

Ex-assessor de Flavio Bolsonaro foi chamado para depor duas vezes no Minist�rio P�blico do Rio, mas faltou alegando quest�es de sa�de


postado em 08/01/2019 16:59 / atualizado em 08/01/2019 17:25


O Minist�rio P�blico do Rio anunciou por nota nesta ter�a-feira, 8, que poder� quebrar os sigilos de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do deputado estadual Flavio Bolsonaro, e de seus familiares. O an�ncio foi feito depois que a mulher do ex-auxiliar do deputado, M�rcia Oliveira Aguiar, e duas filhas dele, Nathalia e Evelyn de Melo Queiroz, tamb�m ex-integrantes do gabinete do parlamentar, faltaram a depoimento marcado na sede do MP para esta tarde.

Em 6 de dezembro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que um relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que Queiroz movimentou, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, R$ 1,2 milh�o em uma conta, o que o �rg�o considerou incompat�vel com a renda do funcion�rio. O documento foi encaminhado ao MPRJ no in�cio do m�s passado.

"O MPRJ tem informa��es que permitem o prosseguimento das investiga��es, com a realiza��o de outras dilig�ncias de natureza sigilosa, inclusive a quebra dos sigilos banc�rio e fiscal", afirmou o MP no texto. A Procuradoria de Justi�a do Rio, por�m, n�o informou quais provid�ncias tomar� para obter os depoimentos dos familiares de Queiroz.

Da mesma conta de Queiroz que est� sob investiga��o sa�ram R$ 24 mil depositados em uma conta da primeira-dama, Michele Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro disse que se tratava do pagamento de uma d�vida do ex-assessor com ele.

A defesa de Nathalia, Evelyn e M�rcia afirmou que suas clientes n�o compareceram para prestar depoimento porque o Queiroz passou por uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, para a retirada de um c�ncer.

Por disso, "todas se mudaram temporariamente para a cidade de S�o Paulo, onde devem permanecer por tempo indeterminado e at� o final do tratamento m�dico e quimioter�pico necess�rios, uma vez que, como � cedi�o, seu estado de sa�de demandar� total apoio familiar", segundo a justificativa da defesa ao MP.

O Minist�rio P�blico do Rio tamb�m afirmou na nota que o depoimento dos investigados "representa uma oportunidade para que possam apresentar suas vers�es dos fatos". "O n�o comparecimento volunt�rio e deliberado reflete, neste momento, uma op��o dos envolvidos, sendo certo que o direito constitucional � ampla defesa tamb�m poder� ser exercido em ju�zo, caso necess�rio".

O �rg�o tamb�m informou que "seguir� apurando os fatos de forma reservada e sigilosa, manifestando-se apenas por meio de notas oficiais".

O MP j� "sugeriu" o comparecimento de Fl�vio Bolsonaro - filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, eleito senador em outubro de 2018 - ao �rg�o, nesta quinta-feira, 10. Por prerrogativa parlamentar, por�m, ele pode indicar nova data para seu depoimento. Questionado, o �rg�o n�o informou se Fl�vio confirmou presen�a. A assessoria do senador eleito pelo Rio tamb�m n�o quis confirmar se ele ir� ou n�o.

Relat�rio


O relat�rio foi produzido pelo Coaf na Opera��o Furna da On�a, conduzida pelo Minist�rio P�blico Federal e pela Pol�cia Federal para investigar corrup��o na Alerj. A a��o resultou na decreta��o da pris�o de dez deputados estaduais.

A investiga��o das movimenta��es suspeitas, por�m, foi transferida para o Minist�rio P�blico do Estado do Rio, porque pode envolver deputados estaduais. Mais de 70 assessores ou ex-assessores de 22 parlamentares s�o investigados pelo MP-RJ.

O trabalho do Coaf mostra que Queiroz recebeu, na conta banc�ria, dep�sitos regulares de outros assessores de Flavio, na maioria dos casos em datas pr�ximas ao pagamento dos funcion�rios da Alerj. Uma das suspeitas sob investiga��o � a de cotiza��o - processo usado em muitos Legislativos brasileiros, no qual os ocupantes de cargos de confian�a repassam ao parlamentar a maior parte do seus sal�rios.

Uma das filhas de Queiroz, Nathalia, � citada em dois trechos do relat�rio. O documento n�o detalha os valores individuais das transfer�ncias dela para o pai, mas junto ao nome de Nathalia est� o valor total de R$ 84 mil.

A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secret�ria parlamentar no gabinete de Bolsonaro na C�mara. No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Fl�vio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um sal�rio de R$ 10.088,42.

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Minist�rio P�blico do Rio, mas faltou alegando quest�es de sa�de. Em entrevista ao SBT, Queiroz justificou que "fazia dinheiro" com a compra e revenda de carros.

Defesa

O advogado do ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro, Paulo Klein, disse que ir� juntar os documentos que comprovam as suas argumenta��es na investiga��o do MP, "campo adequado para apura��o dos fatos".

"Assim que o Fabr�cio for liberado pelos m�dicos, vou me reunir com ele e bater ponto a ponto as quest�es e ver a documenta��o relacionada. Por ora o foco total e na sa�de dele e na recupera��o", disse o advogado � reportagem.


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