Um dia depois de ter declarado apoio ao chefe do Legislativo da Venezuela, Juan Guaid�, que se autodeclarou presidente interino do pa�s, o Itamaraty informou que dar� apoio a "autoridades leg�timas" venezuelanas que favore�am o encontro de uma solu��o pac�fica ao conflito territorial com a Guiana. No texto, o Minist�rio de Rela��es Exteriores reitera o apoio � Guiad�.
"O governo brasileiro reitera, ademais, seu apoio � decis�o do Presidente da Assembleia Nacional leg�tima da Venezuela de assumir constitucionalmente a Presid�ncia da Venezuela", diz a nota.
"O governo brasileiro estar� pronto a contribuir junto � Venezuela para um di�logo frut�fero com a Guiana, e vice-versa, quando haja um governo leg�timo em funcionamento em Caracas."
Na nota, o Itamaraty destaca a "import�ncia do respeito ao princ�pio da integridade territorial, no marco do direito internacional, bem como a necessidade de que as partes evitem a��es capazes de p�r em risco a paz e a seguran�a na regi�o".
Venezuela e Guiana disputam uma �rea de fronteira h� anos, mas o conflito recome�ou no fim do ano passado devido � explora��o de petr�leo no litoral de Guiana. A Venezuela acusou o pa�s vizinho de viola��o da soberania nacional, devido � atua��o de navios da multinacional Exxon Mobil na regi�o.
Desde a posse do ministro de Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo, em 1� de janeiro, o Itamaraty emitiu cinco notas oficiais. Dessas, quatro tratam de temas relacionados � Venezuela.
Em um pronunciamento em Caracas transmitido pela rede social Twitter ontem, Guaid� disse que Nicol�s Maduro � um "usurpador" e pediu apoio do povo venezuelano e da comunidade internacional para exercer o cargo de Presid�ncia da Rep�blica e convocar novas elei��es.
Na �ltima quinta-feira (10), Nicol�s Maduro assumiu seu segundo mandato como presidente da Venezuela sob press�o da comunidade internacional e com uma ret�rica agressiva contra a oposi��o. Em seu discurso de posse, ele chamou o presidente Jair Bolsonaro de "fascista".
"A direita venezuelana infectou de fascismo toda a direita latino-americana. Vejamos o caso do Brasil e o surgimento de um fascista como Jair Bolsonaro", disse.
O l�der chavista amea�ou dissolver a Assembleia Nacional, controlada pela oposi��o, mas sem poderes efetivos h� tr�s anos, caso ela promova "um golpe de Estado". J� os opositores pediram que os militares insatisfeitos derrubem o regime.
A posse foi criticada por EUA, Uni�o Europeia, OEA e pa�ses sul-americanos. Foi a primeira vez na Venezuela que um presidente assumiu o cargo diante do Judici�rio, n�o do Parlamento.
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