
O procurador-geral de Justi�a do Rio, Eduardo Gussem, disse que pode encerrar a investiga��o sobre as movimenta��es financeiras at�picas de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL) - e mesmo propor a��o penal -, sem que eles prestem depoimento.
Com diferentes alega��es, os dois faltaram a convites para depor no procedimento do Minist�rio P�blico fluminense que investiga o caso. Queiroz alegou estar em tratamento de c�ncer, e o parlamentar, que n�o conhecia os autos da investiga��o.
Para Gussem, a aus�ncia dos dois n�o atrapalha o andamento das investiga��es. O procurador foi novamente empossado, na tarde desta segunda-feira, 14, no cargo para um novo per�odo de dois anos � frente do MP do Rio.
As movimenta��es foram apontadas em relat�rio produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), nas investiga��es da Opera��o Furna da On�a da Pol�cia Federal (PF) e do Minist�rio P�blico Federal (MPF). O MP estadual � legalmente competente para a investiga��o do caso do dinheiro movimentado pelos servidores.
"O MP pode, atrav�s da prova documental, chegar � conclus�o de que tem elementos suficientes, ind�cios suficientes para a propositura de a��o penal, e a� ele (Queiroz) vai ter a oportunidade de se pronunciar em ju�zo", disse o procurador. Ele acrescentou que o mesmo vale para Flavio, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
Gussem disse ainda que, no caso espec�fico do relat�rio do Coaf, a prova documental "� muito consistente".
Segundo Gussem, foram abertos 22 procedimentos investigat�rios a partir do relat�rio. O documento apontou movimenta��es at�picas de dezenas de assessores e ex-assessores de 22 deputados estaduais. Todas as investiga��es tramitam na mesma velocidade, declarou, "observando as peculiaridades distintas de cada caso".
Quatro deputados estaduais citados procuraram o �rg�o voluntariamente para depor, de acordo com o procurador: Luiz Paulo Corr�a (PSDB), Paulo Ramos (PDT), o presidente da Alerj, Andr� Ceciliano (PT), e Tio Carlos (SDD). Desses, segundo o Gussem, tr�s j� entregaram documentos, agora sob exame de procuradores e promotores.
"T�o logo formem o ju�zo de valor, as decis�es ser�o tomadas. A oitiva (depoimento) contribui mais para que eles apresentem a vers�o deles e, at� mesmo, uma tese defendida porque o MP trabalha com conjunto probat�rio e acima de tudo busca a verdade real dos fatos", afirmou.