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Estado de Minas POL�TICA

Para Lorenzoni, Bolsonaro � 'v�tima' de um processo de tentativa de desgaste

Supremo Tribunal Federal (STF) paralisou a apura��o do Minist�rio P�blico do Rio aberta ap�s reportagem revelar o relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)


postado em 18/01/2019 12:45 / atualizado em 18/01/2019 15:38

(foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
(foto: Ed Alves/CB/DA.Press)

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta sexta-feira, 18, que o presidente Jair Bolsonaro � "v�tima" de um processo de tentativa de desgaste envolvendo a repercuss�o das investiga��es sobre a movimenta��o at�pica do ex-assessor do seu filho, o senador eleito Fl�vio Bolsonaro.

Na quinta-feira,  o Supremo Tribunal Federal (STF) paralisou a apura��o do Minist�rio P�blico do Rio aberta ap�s reportagem revelar o relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Para Lorenzoni, � preciso ter "cautela" e aguardar a manifesta��o da Justi�a. "O governo, do ponto de vista do presidente Bolsonaro, tem muita tranquilidade, porque isso n�o tem rigorosamente nada a ver com o que envolve o presidente. Ele �, mais uma vez, v�tima desse processo", afirmou.

O vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, atendeu a um pedido da defesa do ainda Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) e determinou a suspens�o da investiga��o sobre movimenta��es financeiras at�picas do ex-assessor parlamentar Fabr�cio Queiroz. A decis�o de Fux paralisa a apura��o e vale at� o ministro Marco Aur�lio Mello, relator do processo no Supremo, analisar o caso depois que o tribunal retomar as suas atividades, em 1º de fevereiro.

Lorenzoni minimizou o movimento da defesa afirmando que o mesmo n�o prejudica o governo. "Esse � um caso circunscrito a um funcion�rio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Eu acho que existe, como eu disse, um grande esfor�o no sentido de desgastar o presidente Bolsonaro. O que o presidente Bolsonaro tem a ver com essas quest�es, n�? Houve uma decis�o do Supremo Tribunal Federal exatamente porque viu que tem alguns problemas nessa quest�o e na condu��o.

Acho que temos de aguardar a manifesta��o da Justi�a e o presidente tem absoluta tranquilidade, serenidade em rela��o a isso. E por mais que alguns ve�culos e alguns setores da sociedade brasileira forcem a barra, o governo n�o vai perder seu rumo n�o", disse.

Apesar da defesa do ministro, o pedido feito por Fl�vio Bolsonaro causou mal-estar no Pal�cio do Planalto. Nos bastidores, auxiliares do presidente e ministros disseram que a estrat�gia usada pela defesa tem potencial para provocar mais desgaste ao novo governo. Ao solicitar a suspens�o das apura��es, Fl�vio alegou que o cargo de senador lhe confere foro especial no STF. Contudo, a argumenta��o contradiz discurso de Bolsonaro, que sempre disse ser contr�rio ao foro privilegiado.

Questionado se, por ele ser filho do presidente, o ato n�o prejudicaria a imagem do governo, Lorenzoni negou: "Sim, mas ok. � filho dele. Mas, vamos l�. O filho dele nem � investigado. Olha a dimens�o que tomou, sem o filho ser investigado. Ele n�o � r�u, n�o tem processo aberto, n�o tem inqu�rito. Por isso que eu digo que precisamos ter cautela".

Movimenta��o at�pica

O relat�rio do Coaf, revelado pelo Estado em dezembro do ano passado, apontou movimenta��es at�picas de servidores da Alerj. O �rg�o constatou que, de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2017, Queiroz movimentou mais de R$ 1,2 milh�o em uma conta banc�ria.

A quantia foi considerada incompat�vel com a renda do servidor, perto de R$ 23 mil mensais. Outros funcion�rios e ex-funcion�rios de 21 deputados tamb�m s�o investigados. Neste per�odo de pouco mais de um m�s, Queiroz e Fl�vio Bolsonaro faltaram aos convites para depor no procedimento criminal do Minist�rio P�blico fluminense.

A suspens�o da apura��o sobre as movimenta��es financeiras do ex-assessor ocorre na mesma semana em que o procurador-geral de Justi�a do Rio, Eduardo Gussem, disse que pode encerrar a investiga��o e propor a��o penal sem que Queiroz e Fl�vio prestem depoimento.

Reservadamente, um ministro do STF disse nesta quinta que considerou que a reclama��o feita pela defesa de Fl�vio levou o caso, at� ent�o circunscrito ao MP do Rio, para o Supremo - abrindo a possibilidade de a Procuradoria-Geral da Rep�blica a investigar o senador eleito e, eventualmente, atingir at� o presidente.

Ao ser questionado se n�o seria melhor para o governo que Fl�vio Bolsonaro desse logo as explica��es sobre o caso, Lorenzoni contemporizou. Ele tem dado, ele tem falado. Acho que temos de aguardar os pr�ximos passos. Temos de ter clareza: por que � mesmo que um ministro do Supremo Tribunal Federal indicado pelo PT interrompeu o processo? Porque alguma coisa h� nesse processo. Ent�o, acho que temos de ter prud�ncia, aguardar", repetiu.

Em entrevista, o ministro do Supremo Luiz Fux defendeu sua decis�o de suspender as investiga��es. "Tomei uma medida de urg�ncia provis�ria at� o pronunciamento do ministro Marco Aur�lio, que deve ocorrer daqui a nove dias �teis, quando acaba o recesso. A minha atua��o antecedente e independente em todos os processos demonstra n�o ser inerente � minha atua��o suspender investiga��es fundadas."

Desencontros do governo

Onyx Lorenzoni tamb�m minimizou os desencontros do in�cio do governo. "Podemos pegar o Real Madrid ou o Palmeiras aqui no Brasil. Quando come�a a Champions League, ou o Campeonato Brasileiro, o desempenho apresentado ao final � complemente diferente do que existe no in�cio. � desconectado. Ou seja, por mais craques que existam num time de futebol, sempre leva um tempo para fazer os ajustes. Ainda mais em um governo, onde a maioria absoluta, quase unanimidade, nunca teve experi�ncia no Executivo. Esses ajustes s�o normais. O problema � que, no Brasil, quando terminou o segundo turno das elei��es, uma parte das m�dias brasileiras, no dia 29, que sempre estiveram alinhadas com aqueles que estiveram no poder movidos pela parceira ideol�gica de esquerda, come�ou um terceiro turno eleitoral e que continua at� o dia de hoje", disse.

Para o ministro, a elei��o ainda "n�o terminou": "O terceiro turno eleitoral n�o terminou. Ent�o, por exemplo, coisas muito pequenas e que n�o t�m relev�ncia alguma, ganham uma dimens�o absurda. Estampam manchetes, depois tem os desdobramentos nos blogs, r�dio e TV. Mas isso � parte da democracia e precisamos conviver com isso com bastante humildade para reconhecer que em algum momento podemos errar. Mas temos a firme determina��o do presidente de acertar todos os dias e eles nos mobiliza a todos para que fa�amos um governo que sirva aos brasileiros e brasileiras".

O ministro tamb�m afirmou que a falta de experi�ncia do futuro l�der do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), n�o vai ser um problema. Para ele, basta "treino". "Olha, o Major, apesar de ser novato, � um homem muito inteligente. Ele passou num concurso p�blico dur�ssimo como assessor da C�mara dos Deputados, j� tem um conhecimento sobre como funciona a C�mara e n�s vamos ajudar. Lembrar que, se somar o tempo do presidente na C�mara com o meu, d� mais de meio s�culo. Vamos dar uma boa treinada e vai dar tudo certo".

O ministro falou ainda que n�o vai interferir na elei��o no Congresso: "O governo tomou uma decis�o: ele n�o intervir nas elei��es da C�mara e do Senado. O governo vai respeitar a autonomia e independ�ncia dos Poderes. Todos os governos recentes que tentaram influenciar fortemente nas elei��es legislativas, n�o funcionou. Queremos um governo de muito di�logo, trabalhar pelo convencimento. E se queremos um governo de di�logo, seria incoerente tentar interferir na elei��o de outra Casa. � uma defini��o das bancadas e congressistas. A decis�o que for tomada, vamos respeitar".


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