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Estado de Minas POL�TICA

Investiga��o sobre Queiroz apura lavagem de dinheiro


postado em 19/01/2019 11:00

A investiga��o sobre a movimenta��o financeira de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro (PSL), foi iniciada h� seis meses e tem como foco de apura��o a suspeita de pr�tica de lavagem de dinheiro ou "oculta��o de bens, direitos e valores" no gabinete do deputado estadual - atualmente senador eleito - na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso aos autos do procedimento de investiga��o criminal, que est� sob sigilo.

A base deste e de outros 21 procedimentos criminais abertos no Legislativo fluminense � um relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimenta��o at�pica de funcion�rios e ex-funcion�rios da Alerj.

O documento foi produzido por t�cnicos do Coaf h� um ano, em janeiro de 2018, e anexado aos autos da Opera��o Furna da On�a - que em novembro do ano passado prendeu dez deputados estaduais do Rio suspeitos de receberem propina. O relat�rio mostrou que Queiroz movimentou R$ 1,2 milh�o de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo.

Ontem, o Jornal Nacional, da TV Globo, teve acesso a outro relat�rio do Coaf, que mostra movimenta��es banc�rias suspeitas do pr�prio Fl�vio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o documento, entre junho e julho de 2017, Fl�vio Bolsonaro recebeu 48 dep�sitos em esp�cie em sua conta, concentrados no autoatendimento da ag�ncia banc�ria que fica dentro da Alerj, e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil. No total, foram R$ 96 mil, depositados em cinco dias.

Anteontem, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, atendeu a um pedido de Fl�vio Bolsonaro e determinou a suspens�o da investiga��o. O relator do caso, Marco Aur�lio Mello, vai analisar a reclama��o de Fl�vio Bolsonaro. Ontem, o ministro indicou que vai negar o pedido ap�s o fim do recesso do Judici�rio.

Os autos do procedimento para investigar as movimenta��es suspeitas de Queiroz e outros assessores do gabinete s�o assinados pelo promotor que cuida do caso, Bruno Gaspar, do Grupo de Atribui��o Origin�ria Criminal da Procuradoria-Geral de Justi�a. Queiroz recebeu dep�sitos de outros servidores do parlamentar, sempre pr�ximos �s datas de pagamentos na Alerj. No in�cio do documento, o MP anexou p�ginas com textos sobre a trajet�ria pol�tica.

No dia 14 de dezembro o promotor do caso pediu que fossem requisitadas informa��es do Coaf sobre movimenta��es financeiras de Fl�vio de 2007 at� os dias atuais. O pedido abrange movimenta��es de Queiroz e de mais sete funcion�rios e ex-funcion�rios do gabinete no mesmo per�odo. A iniciativa serviu para que a defesa de Fl�vio pedisse ao Supremo a ilegalidade do processo. O argumento foi de que Fl�vio tem foro privilegiado, j� que ele havia sido eleito senador pelo Rio na �poca.

Os arquivos do MP tamb�m comprovam que a investiga��o sobre o relat�rio do Coaf come�aram antes da exonera��o da filha de Queiroz, Nathalia, citada no documento, do gabinete do ent�o deputado federal Jair Bolsonaro, em 15 de outubro. No mesmo dia, o seu pai tamb�m foi exonerado do gabinete de Fl�vio Bolsonaro, na Alerj.

A fam�lia de Queiroz faltou a todos depoimentos no MP para esclarecer as quest�es apontadas pelo Coaf. Eles alegaram que o ex-assessor passa por um tratamento contra um c�ncer. Os assessores de Fl�vio citados no relat�rio tamb�m foram convidados a depor no �rg�o.

Investigado

Ontem, o MP afirmou que Fl�vio Bolsonaro n�o consta como investigado na portaria que instaurou o procedimento de apura��o criminal. No entanto, disse que isso n�o impede que o senador eleito ainda possa se tornar alvo da investiga��o. At� a segunda-feira passada, ele sustentava que n�o era investigado, argumento tamb�m usado por ele para faltar ao depoimento marcado no MP para o �ltimo dia 10.

Por�m, sua defesa posteriormente passou a trat�-lo como investigado, inclusive no pedido ao Supremo. Com esse argumento, a reclama��o afirma que o MP fez movimenta��es que deveriam ter passado pela Corte, por envolver um senador eleito. "At� o dia 7 de janeiro, n�o sabia que estava sendo investigado. Descobri que o MP estava me investigando ocultamente desde meados do ano passado e que meu sigilo foi quebrado de forma ilegal, sem a devida autoriza��o judicial", disse Fl�vio Bolsonaro em entrevista ao Jornal da Record veiculada ontem. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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