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Estado de Minas POL�TICA

Caso Coaf n�o � do governo, diz Mour�o

O vice-presidente Hamilton Mour�o afirmou que cabe ao filho do presidente Jair Bolsonaro dar as explica��es devidas para o caso


postado em 21/01/2019 07:36 / atualizado em 21/01/2019 08:17

(foto: Evaristo Sá)
(foto: Evaristo S�)

O vice-presidente Hamilton Mour�o afirmou que o caso envolvendo movimenta��es financeiras at�picas do deputado estadual e senador eleito Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabr�cio Queiroz n�o � assunto do governo. Neste domingo, 20, o general da reserva assumiu a Presid�ncia da Rep�blica. � a primeira vez, desde a redemocratiza��o, que um general assume o cargo. O �ltimo foi Jo�o Figueiredo, que ficou de 15 de mar�o de 1979 a 15 de mar�o de 1985, quando entregou o cargo a Jos� Sarney, encerrando o per�odo da ditadura militar no Pa�s.

O vice-presidente afirmou que cabe ao filho do presidente Jair Bolsonaro dar as explica��es devidas para o caso. Na sexta-feira, o Jornal Nacional, da TV Globo, mostrou que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou cerca de 50 opera��es at�picas em contas pessoais do senador eleito no total de R$ 96 mil. Para Mour�o, o caso n�o deve ofuscar a primeira viagem internacional do presidente Jair Bolsonaro, que viajou neste domingo para a Su��a.

"O presidente n�o est� tendo de se defender. Quem tem de se defender, se explicar, � o Fl�vio", declarou Mour�o, que fica interinamente na Presid�ncia at� sexta-feira, enquanto Bolsonaro estiver no F�rum Econ�mico Mundial em Davos.

"Esse n�o � um caso do governo, � um caso da Justi�a sobre um senador eleito, que tem o sobrenome Bolsonaro. Vale a regra da express�o militar, 'apurundaso', que quer dizer apurar e punir, se for o caso. � isso que est� valendo."

O vice-presidente n�o quis responder se n�o era o caso de o presidente "jogar os filhos aos le�es", como defendem alguns assessores, para evitar contamina��o do seu governo. Mour�o disse que, quando apareceu o primeiro caso envolvendo Queiroz, Bolsonaro j� disse que este era "um problema do Fl�vio e n�o dele". Reconheceu, no entanto, que o assunto pode "at� preocupar o presidente, porque � o caso com um filho dele", mas insistiu que este "n�o � problema do governo".

No Pal�cio do Planalto, h� um grande inc�modo com a repercuss�o do caso. Pessoas pr�ximas ao presidente avaliam que o governo pode ser contaminado, mesmo que o discurso oficial do vice-presidente e de todos os integrantes do primeiro escal�o diga o contr�rio. Assessores ouvidos pela reportagem disseram que n�o s� entre os militares, mas tamb�m entre civis, particularmente os ligados ao ministro da Justi�a, S�rgio Moro, o desconforto � grande.

Parte desse grupo avalia que, assim com o "pessoal da caserna", emprestou o seu prest�gio e credibilidade ao novo governo. Portanto, todas essas cr�ticas e den�ncias "t�m algum reflexo e que d� margem a especula��es pol�ticas".

Agenda

Para contra-atacar a agenda negativa imposta pela repercuss�o das den�ncias, uma ala do governo trabalha em duas frentes. Uma � tentar dissociar o governo dos problemas "pessoais do filho do presidente". A outra � manter a agenda positiva dos dois pilares mais importantes do governo at� aqui: o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o titular da Justi�a, S�rgio Moro. O objetivo � usar a��es das duas pastas para "tentar virar o disco" e impor uma nova agenda p�blica. Esse grupo acredita que medidas "reais", em benef�cio da popula��o, poderiam ajudar a tornar o caso Fl�vio Bolsonaro "menor".

H� uma avalia��o dentro do governo de que � necess�rio evitar gastar capital pol�tico com o caso Coaf para n�o perder poder de fogo nas primeiras vota��es importantes no Congresso, como a reforma da Previd�ncia. Para isso, os assessores mais pr�ximos do presidente afirmam que ele deve se limitar a dizer que o caso n�o � problema dele ou do governo. E que, se seu filho cometeu algum erro, tem de pagar por ele.

"Esse problema n�o mina o capital pol�tico do governo. O governo n�o est� usando nada nisso a� para se defender, at� porque o governo n�o est� tratando desse assunto. Esse assunto � um problema relacionado, primeiro, ao Queiroz, que foi o primeiro caso que apareceu e, agora, ao pr�prio Fl�vio. Eles t�m de se explicar", afirmou Mour�o.

Para Mour�o, houve um "vazamento" de dados do caso para prejudicar o governo. "Cad� os outros da opera��o Furna da On�a? Cad� a press�o em cima desses caras? Ningu�m est� em cima destes caras. Est�o todos quietinhos. O Minist�rio P�blico por exemplo, n�o vaza nada em rela��o a isso. O Minist�rio P�blico s� vaza o que � em rela��o ao Fl�vio", afirmou.


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