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Estado de Minas POL�TICA

An�lise de riscos foi o que mais pesou para PF ir contra Lula em enterro


postado em 31/01/2019 11:38

A an�lise de riscos foi o que mais pesou na decis�o da Pol�cia Federal (PF) de apontar a impossibilidade de conduzir o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao enterro do irm�o Genival In�cio da Silva, o Vav�, falecido nesta ter�a-feira, 29. Possibilidade de protestos pr� e contra, atentados e atos pol�ticos que fugissem ao controle das autoridades e colocassem em risco a seguran�a dos presentes foram elencados como motivos pelo setor de intelig�ncia da PF.

Os riscos foram detectados em levantamento do Diretoria de Intelig�ncia Policial (DIP) para levar Lula ao enterro de Vav�, nesta quarta-feira, 30, em S�o Bernardo do Campo (SP), e foram um dos itens apontados pelo superintendente da PF no Paran�, delegado Luciano Flores de Lima, para comunicar em of�cio � Justi�a Federal o indeferimento do pedido. A falta de avi�o ou helic�ptero para o traslado e aus�ncia de tempo h�bil para realizar a opera��o com seguran�a foram outros.

O relat�rio da intelig�ncia da PF levou em considera��o as seguintes situa��es de risco: "1 - Fuga ou resgate do ex-presidente Lula; 2 - Atentado contra a vida do ex-presidente Lula; 3 - Atentados contra agentes p�blicos; 4 - Comprometimento da ordem p�blica; 5 - Protestos de simpatizantes e apoiadores do ex-presidente Lula; 6 - Protestos de grupos de press�o contr�rios ao ex-presidente Lula".

O documento entregue pelo setor de intelig�ncia alertou o comando da PF sobre a necessidade de se considerar "a alta capacidade de mobiliza��o dos apoiadores e grupos de press�o contr�rios ao ex-presidente", a "oportunidade para que o evento se transforme em um ato pol�tico, promovidos tanto por grupos favor�veis ou contr�rios, com a participa��o de um grande n�mero de pessoas".

A mobiliza��o petista quando Lula foi preso em abril de 2018 no Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, em S�o Bernardo do Campo, foi citada ao abordar a possibilidade de "crises imprevis�veis" caso Lula estivesse pr�ximo de "aglomera��es".

"� importante que Lula seja mantido a longa dist�ncia de aglomera��es, j� que esse fato pode desencadear crises imprevis�veis, assim como os fatos que ocorreram quando de sua pris�o, em abril de 2018", registra documento interno da PF.

O superintendente da PF no Paran� viu ainda a "aus�ncia de policiais dispon�veis" tanto da PF quanto da Pol�cia Civil e Pol�cia Militar de S�o Paulo "para garantir a ordem p�blica e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor" e indeferiu o pedido feito pela defesa de Lula.

No in�cio da tarde de ontem, o ministro Dias Tofoli, do Supremo Tribunal Federal, concedeu ao petista o "direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje (quarta-feira), em Unidade Militar na Regi�o, inclusive com a possibilidade do corpo ser levado a uma unidade militar, a crit�rio da fam�lia".

Lula decidiu n�o ir ao encontro dos familiares. O advogado e amigo de Lula Manoel Caetano Ferreira, que estava com o ex-presidente no momento, afirmou que o petista considerou 'um vexame' a possibilidade de se encontrar com seus parentes "em um quartel". O advogado ressaltou que a "decis�o foi in�cua, proferida quando o corpo j� estava baixando a sepultura, o enterro j� estava acontecendo". "Ent�o, a decis�o n�o tem mesmo como ser cumprida".

"O ex-presidente n�o concordaria em se reunir com sua fam�lia num quartel, ele disse isso claramente. Seria um vexame, um desrespeito com a fam�lia que ele fosse se encontrar com a fam�lia, em um momento como esse, em um quartel", afirmou.

Antes da decis�o do presidente da Suprema Corte, a ida de Lula ao vel�rio do irm�o havia sido negada pela ju�za da Vara de Execu��es Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, e pelo desembargador de plant�o do Tribunal Regional Federal da 4� Regi�o (TRF), Leandro Paulsen.


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