Redes sociais orientam votos de senadores

A exemplo da disputa eleitoral que al�ou Jair Bolsonaro presidente, a vit�ria de Davi Alcolumbre (DEM-AP) ontem no Senado teve as redes sociais como protagonista. A cobran�a para que senadores abrissem seus votos na elei��o interna impulsionou sua candidatura e incomodou seu principal advers�rio, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ao ponto de o emedebista abandonar a disputa.

A vota��o aberta foi uma bandeira do grupo anti-Renan, que contou com o constrangimento de parlamentares em declarar apoio a um senador alvo de inqu�ritos no Supremo e intrinsecamente ligado � imagem da velha pol�tica. Nem mesmo a decis�o do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de manter a vota��o fechada, brecou a estrat�gia.

Senadores passaram ent�o a exibir as c�dulas aos fot�grafos presentes no plen�rio ou declarar o voto no microfone e em suas redes sociais, a despeito de o C�digo de �tica prever puni��o. Quem n�o o fazia, era criticado.

Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), por exemplo, havia justificado sua condi��o de filho do presidente para n�o abrir o voto na primeira vez que os senadores foram consultados. A decis�o repercutiu mal entre seus seguidores. Quando o Senado decidiu repetir a vota��o - na primeira, havia 82 c�dulas para 81 senadores, o que levantou suspeitas de fraude -, Fl�vio decidiu revelar o voto em Alcolumbre. Logo em seguida, Renan retirou sua candidatura e citou o caso para reclamar. "Esse processo n�o � democr�tico", disse.

O estreante Jorge Kajuru (PSB-GO) foi mais longe. Ele abriu uma enquete no Facebook para que seus seguidores escolhessem o seu candidato. "O meu voto seria pelo senador Reguffe (sem partido-DF) de cora��o, mas os meus eleitores e os brasileiros pediram por 77% que eu votasse em Alcolumbre." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.