Derrotado na elei��o para o comando do Senado, o MDB de Renan Calheiros (AL) agora ter� espa�o no comando da Casa. Al�m de assegurar uma vaga de dire��o para o partido, o acordo costurado pelo novo presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tamb�m inclui o senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ). A elei��o interna est� marcada para esta quarta-feira, 6.
Filho do presidente Jair Bolsonaro, Fl�vio dever� ser indicado pelo PSL para assumir a Terceira-Secretaria. O posto n�o tem atribui��es administrativas de grande relev�ncia, mas d� ao parlamentar, que est� no primeiro mandato, a possibilidade de contratar ao menos 13 funcion�rios comissionados, com sal�rios de at� R$ 22 mil. Toda essa estrutura � para cumprir tarefas como a de fazer a chamada dos colegas e contar os votos.
Fl�vio enfrenta desgaste pol�tico desde que seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Fabr�cio Queiroz teve movimenta��es financeiras consideradas at�picas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), como revelou o jornal O Estado de S. Paulo em dezembro.
Eleito para a presid�ncia do Senado com um discurso de renova��o, Alcolumbre minimizou as suspeitas referentes a Fl�vio. "Investigados tem tantos nomes a� no Brasil. � preciso aguardar e ter tranquilidade. N�o posso me meter nessa indica��o do PSL", argumentou Alcolumbre.
O PSL tem quatro senadores, a oitava maior bancada da Casa. Mesmo assim, Alcolumbre decidiu abrir espa�o ao partido pelo fato de ser a sigla de Bolsonaro. A bancada do PSL tamb�m reivindica o comando de outras duas comiss�es na Casa, a de Agricultura e a de Seguran�a, que ainda deve ser criada.
Al�m disso, ter�o lugar na Comiss�o Diretora - o grupo de sete senadores que comandam os trabalhos da Casa -, o PSDB (Primeira-Vice-Presid�ncia), o Podemos (Segunda-Vice-Presid�ncia) e o PSD (Primeira-Secretaria). A Quarta-Secretaria ser� negociada entre PT, PP, PDT e PSB. Dois tucanos disputam a Primeira-Vice: Antonio Anastasia (MG), aliado do hoje deputado A�cio Neves, e Izalci Lucas (DF).
Proporcionalidade
Pelo acordo, caber� ao MDB a Segunda-Secretaria. A sigla tem a maior bancada da Casa, com 13 senadores, mas sofreu forte rev�s ap�s a derrota de Renan.
Apesar do aceno de Alcolumbre ao oferecer o posto na c�pula da Casa ao partido, o l�der da legenda, Eduardo Braga (AM), reclamou. "Registrei claramente a nossa preocupa��o com a quest�o da proporcionalidade, que � muito importante nas horas mais �ngremes de um Parlamento. Obviamente, a gente reconhece que h� uma circunst�ncia pol�tica. Houve uma disputa e n�s n�o a vencemos", disse ele. Pelo regimento interno do Senado, a participa��o proporcional de partidos e blocos deve ser respeitada.
Braga admitiu que pode indicar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o cargo como um gesto de "bom senso". Nos bastidores, por�m, quem ganha for�a entre os emedebistas � Eduardo Gomes (MDB-TO).
As discuss�es sobre o comando das comiss�es devem ficar para a semana que vem. Das mais importantes, a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) ainda aguarda acordo entre o MDB e o PSDB. J� a Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) est� reservada ao PSD. O nome indicado deve ser o do senador Omar Aziz (AM). As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
POL�TICA