O ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a primeira inst�ncia da Justi�a um inqu�rito que investiga o deputado federal A�cio Neves (PSDB-MG), baseado na dela��o de executivos do grupo J&F.; A investiga��o tramitava no Supremo porque apura fatos relacionados ao per�odo em que A�cio foi senador (2011 a 2018).
O STF decidiu no ano passado que s� permanecem na Corte apura��es de supostos crimes cometidos no exerc�cio do mandato e em fun��o do cargo. Com a mudan�a na carreira pol�tica de A�cio, que deixou o Senado para assumir uma cadeira na C�mara, a investiga��o n�o � mais de compet�ncia do STF, entendeu Marco Aur�lio na decis�o assinada nesta ter�a-feira, 5.
Remetido � primeira inst�ncia da Justi�a Federal de S�o Paulo, o inqu�rito apura a rela��o mantida entre A�cio e o grupo J&F;, mirando em supostos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro. Quando pediu a abertura da investiga��o, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) apontou necessidade de apurar o suposto pagamento de propina de R$ 60 milh�es feito em 2014 a A�cio atrav�s da emiss�o de notas fiscais frias, por diversas empresas indicadas pelo parlamentar.
A procuradoria tamb�m citou pagamento a diversos partidos para apoiarem a candidatura � Presid�ncia da Rep�blica em 2014, quando foi derrotado por Dilma Rousseff. Desde que o inqu�rito foi instaurado, A�cio tem negado irregularidades. Procurada, a defesa do senador afirmou que a decis�o de enviar o caso para a primeira inst�ncia est� correta, considerando o novo entendimento do STF.
A�cio se tornou r�u em abril do ano passado em fun��o de outro inqu�rito tamb�m relacionado � J&F.; Na ocasi�o, a Primeira Turma do STF decidiu aceitar den�ncia em que a PGR acusa o tucano de receber ilicitamente R$ 2 milh�es de Joesley Batista, oriundos da J&F;, e de atrapalhar as investiga��es em torno da Opera��o Lava Jato.
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