O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) do governo de Jair Bolsonaro afirmou nesta ter�a-feira, 12, que s� dar� explica��es sobre acusa��es de espionagem de bispos � C�mara se for convocado. "Se fosse convidado, n�o. Se for convocado, sou obrigado a ir", disse.
Deputados da oposi��o j� falaram em levar o ministro para prestar explica��es das atividades de intelig�ncia sobre o chamado "clero progressista". Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o Planalto recebeu relat�rios com detalhes das reuni�es de prepara��o do S�nodo da Amaz�nia, que reunir� em Roma, em outubro, bispos de todos os continentes.
O governo quer conter o que considera um avan�o da Igreja Cat�lica na lideran�a da oposi��o. O alerta ao governo veio de informes da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e dos comandos militares. Heleno nega espionagem.
"A preocupa��o com o S�nodo � uma preocupa��o real porque algumas pautas s�o de interesse da seguran�a nacional. Ent�o acaba preocupando a Abin e o GSI, mas em nenhum momento (tem a ver com) espionar algu�m, monitorar algu�m, algo com essa conota��o", disse Heleno nesta ter�a. "Quem cuida da Amaz�nia brasileira � o Brasil, n�o tem que ter palpite de ONG estrangeira, de chefe de Estado estrangeiro. O Brasil n�o d� palpite no deserto do Saara, no Alaska."
Na avalia��o da equipe do presidente, a Igreja � uma tradicional aliada do PT e est� se articulando para influenciar debates antes protagonizados pelo partido no interior do Pa�s e nas periferias.
Durante 23 dias, o Vaticano vai discutir a situa��o da Amaz�nia e tratar de temas considerados pelo governo brasileiro como uma "agenda da esquerda". O debate ir� abordar a situa��o de povos ind�genas, mudan�as clim�ticas provocadas por desmatamento e quilombolas. "Estamos preocupados e queremos neutralizar isso a�", disse o ministro chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), Augusto Heleno, que comanda a contraofensiva.
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