
O excesso de declara��es, de tu�tes e de pol�micas dos filhos de Jair Bolsonaro tem gerado questionamento de parlamentares da base do governo na C�mara sobre a liberdade dada ao trio. A expectativa no Parlamento � de que o chefe do Executivo tome uma atitude para que a rela��o com os familiares dentro do governo seja delimitada.
Um deputado do PSL, que pediu anonimato, ressalta que membros da oposi��o j� t�m utilizado o imbr�glio entre Carlos Bolsonaro e o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, nos discursos em plen�rio. “Isso tudo gera uma situa��o de crise ou, pelo menos, de pr�-crise. Tem de sair dessa condi��o familiar. Ele � presidente e tem assessoria, isso j� est� criando um problema. Ele ter� de tomar uma medida com rela��o aos filhos ou ele vai acabar n�o governando”, afirmou o pesselista.
Outro congressista enfatizou que a sa�da do presidente do hospital precisa ser uma forma de melhorar a condu��o das medidas do governo no Congresso. A inten��o � de que a rela��o com os filhos tamb�m seja delimitada. “O presidente n�o estava a� para bater o martelo, mas, com a presen�a dele, vai dar uma organizada”, defendeu.
Para o deputado Edmilson Rodrigues (PSol-PA), um vereador n�o pode fazer o papel de presidente, mesmo que tenha parentesco. “Bolsonaro que demita, se acreditar que h� algo ou n�o”, frisou.
Segundo um integrante da oposi��o, o presidente precisa definir o papel dos familiares na estrutura do governo. “O que parece � que os acordos que o presidente faz s� passa a valer se os filhos forem consultados. Est�o precisando de uma institucionaliza��o maior. O filho n�o � filho, � senador, � deputado”, destacou. (LV)
Davi Alcolumbre defende ministro
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (MDB-AP), saiu em defesa do ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gustavo Bebianno, que pode ser um dos alvos de um inqu�rito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partid�rio destinados ao PSL por meio de supostas candidaturas laranjas. Alcolumbre disse que Bebianno n�o tinha “obriga��o” de acompanhar “tantas candidaturas” no pa�s.
“N�o sou advogado dele, n�o estou aqui para defender o ministro, mas acho que � uma quest�o partid�ria. O PSL vai ter de falar sobre isso”, afirmou. Ele, no entanto, minimizou impactos da crise no Parlamento, em meio � chegada da reforma da Previd�ncia ao Congresso. “A quest�o do ministro Bebianno � de governo. Ele foi nomeado pelo presidente da Rep�blica, n�o foi por um senador ou por um deputado. N�o � uma coisa do Parlamento.”