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Estado de Minas

Gustavo Bebianno fica...ao menos at� segunda-feira

Em reuni�o no fim da tarde de ontem, Jair Bolsonaro teria comunicado exonera��o ao seu ministro-chefe da Secretaria-Geral, a quem tr�s dias antes havia chamado de mentiroso


postado em 16/02/2019 06:00 / atualizado em 16/02/2019 07:45

(foto: Ed Alves/CB/DA.Press %u2013 27/11/18)
(foto: Ed Alves/CB/DA.Press %u2013 27/11/18)

Bras�lia – Depois de um dia inteiro sem abrir espa�o na agenda para o ministro Gustavo Bebianno, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reuniu com o titular da Secretaria-Geral da Presid�ncia no fim da tarde. Nos bastidores do Planalto, a informa��o era de que Bolsonaro teria comunicado ao ministro sua exonera��o, que s� deve ser oficializada na segunda-feira. Bebianno, por sua vez, teria avisado: se tiver de deixar o governo, ter� de ser buscada “uma sa�da honrosa”. O ministro cobrava uma conversa com o presidente desde que foi chamado publicamente pelo chefe de “mentiroso”.  A reuni�o de ontem foi articulada por outros ministros, com a participa��o tamb�m do vice-presidente Hamilton Mour�o.


Gustavo Bebianno enfrenta uma crise envolvendo Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente. Na quarta-feira, Carlos, vereador no Rio, divulgou um �udio do pai para dizer que � uma “mentira absoluta” que Bebianno tenha conversado com o presidente na v�spera. A publica��o de Carlos foi compartilhada pelo pai, horas depois. Em entrevista no mesmo dia, Bolsonaro disse ser “mentira” que tivesse falado com o ministro sobre o caso das candidaturas laranjas do PSL. Desde ent�o, h� press�o no Pal�cio do Planalto pela demiss�o de Bebianno.

Um esquema de candidaturas laranjas que receberam repasses volumosos do fundo partid�rio do PSL no ano passado foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. O ministro comandou o partido durante a �ltima elei��o, em uma campanha marcada por discurso de �tica e de combate � corrup��o por Bolsonaro.

No in�cio da tarde de ontem, o presidente surpreendeu sua equipe ao chegar ao Pal�cio do Planalto, j� que a ida dele n�o estava prevista na agenda oficial. Como est� em fase de recupera��o, a expectativa inicial era de que Bolsonaro s� voltasse a despachar no Planalto na pr�xima semana.

Quando ele chegou, Bebianno tinha deixado o pr�dio cerca de 15 minutos antes. O ministro n�o teve agenda oficial. Seu �nico compromisso no Planalto foi a reuni�o com os colegas da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Alberto Santos Cruz, respons�veis por comunicar qie ministro que, por ora, ele continua na Esplanada.

Bolsonaro deixou o local tr�s horas depois. Interlocutores do presidente afirmam que ele decidiu atender aos apelos pol�ticos e manter Bebianno no cargo. Ele havia passado a manh� reunido com ministros e assessores no Alvorada para costurar o fim da crise que envolve diretamente Carlos Bolsonaro. Tamb�m se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo fontes, o presidente concordou com a avalia��o de auxiliares pr�ximos da necessidade de afastar Carlos de quest�es do governo.

Mas a informa��o de que o filho do presidente ser� “controlado” a partir de agora causa desconfian�a de que essa parte do acordo ser� realmente cumprida. Carlos tem feito ataques a membros do governo e divulgou o �udio de Whatsapp do pai para corroborar seu ataque a Bebianno, a quem chamou de mentiroso.

FILHOS-PROBLEMA  A disputa entre o filho de Bolsonaro e o ministro � antiga. Bebianno deixou vazar ainda na �poca da transi��o de governo que o vereador integraria o governo, o que provocou cr�ticas at� mesmo de eleitores de Bolsonaro nas redes sociais condenando o nepotismo. Esse movimento tirou de Carlos a chance de despachar do Planalto.

Onyx e Santos Cruz foram ao encontro de Bebianno ap�s conversar com o presidente sobre o caso. Preocupados com a a��o dos filhos, que em v�rios momentos t�m trazido diferentes crises para o governo e com a prote��o que eles t�m recebido do pai, os “bombeiros” do Planalto entraram em campo.

Mais do que proteger Bebianno, esses interlocutores do presidente est�o convencidos de que “� preciso estancar” essa a��o dos filhos de Bolsonaro, que estariam prejudicando o pa�s. Lembram que misturar fam�lia e governo nunca deu bons resultados e isso, mais uma vez, est� sendo provado com seguidos epis�dios nestes menos de dois meses de nova administra��o.

Em evento em uma fazenda em Sorriso, a 420km de Cuiab�, o vice-presidente Hamilton Mour�o afirmou que o presidente vai ‘botar ordem’ nos filhos. “Essas quest�es s�o internas. Os filhos s�o um problema de cada fam�lia. Tenho certeza de que o presidente, em momento aprazado e correto, vai botar ordem na rapaziada dele”, afirmou Mour�o.

A crise, a maior em um m�s e meio de governo, ocorre no momento em que o Planalto tenta manter coes�o para as negocia��es da pauta de vota��o mais importante no Legislativo, a da reforma da Previd�ncia.

Entenda o caso

Em meio a den�ncias de supostas irregularidades nas candidaturas do PSL, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno (foto), disse ao O Globo, na ter�a-feira passada, que o caso n�o criou crise no governo e tinha conversado sobre o assunto com o presidente Jair Bolsonaro – naquele momento internado. “N�o existe crise nenhuma. S� hoje falei tr�s vezes com o presidente”, afirmou o ministro. No dia seguinte, Carlos Bolsonaro escreveu no Twitter: “� uma mentira absoluta de Bebianno que ontem teria falado tr�s vezes com Bolsonaro”. Tamb�m postou: “N�o h� roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro n�o tratou com Bebianno o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou”. Horas depois, Bolsonaro retuitou as mensagens. Numa entrevista � noite divulgada pela TV Record, o presidente disse que Bebianno poderia “voltar �s origens” caso estivesse envolvido em irregularidades.

Sem declara��es

Piv� da crise no governo de seu pai, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) foi ontem � C�mara Municipal do Rio, mas deixou a sess�o antes de a vota��o acabar por falta de qu�rum e sem falar com a imprensa. A Casa s� voltou ontem do recesso parlamentar, que come�ou em 26 de dezembro. Antes de ir embora, Carlos compartilhou em suas redes sociais a foto de um requerimento de outro vereador para homenagear o vice-presidente Hamilton Mour�o na C�mara Municipal. “Assinando pedido de colega para oferecer a Medalha Pedro Ernesto para o general Mour�o”, escreveu. Mour�o tem demarcado diferen�as em rela��o ao presidente Bolsonaro, em entrevistas di�rias. Carlos j� insinuou no Twitter que o vice gostaria de substituir seu pai na presid�ncia. A homenagem foi proposta pelo vereador Jimmy Pereira, do PRTB, partido de Mour�o.

 


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