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Estado de Minas POL�TICA

MP marca depoimentos em caso que envolve ministro do Turismo


postado em 19/02/2019 07:58

O Minist�rio P�blico em Minas Gerais expediu nesta segunda-feira, 18, intima��es para ouvir, a partir desta semana, 20 pessoas no inqu�rito que apura a suposta utiliza��o de candidaturas "laranja" pelo grupo pol�tico do ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Antonio (PSL), nas elei��es de 2018. O promotor eleitoral Fernando Abreu, respons�vel pelo caso, disse nesta segunda que o inqu�rito pode evoluir para uma investiga��o sobre a ocorr�ncia do crime de lavagem de dinheiro.

"A primeira coisa a fazer � certificar a exist�ncia dos candidatos laranja. Se essas pessoas receberam ou n�o os recursos e se gastaram em suas campanhas, se houve apropria��o ind�bita de recursos p�blicos e falsidade ideol�gica. Depois, pode ser que se evolua para lavagem de dinheiro", disse o promotor. Entre os intimados, est�o candidatos, empres�rios e poss�veis colaboradores de Marcelo �lvaro durante a campanha - s� depois ser� definido se o ministro tamb�m prestar� depoimento.

Por enquanto, as investiga��es se concentram nas presta��es de contas de quatro candidatas do PSL em Minas, e nas declara��es dadas ao MP por Cleuzenir Souza Barros Pereira, que concorreu ao cargo de deputada estadual.

Em dezembro passado, Cleuzenir denunciou ao MP ter sido pressionada por pessoas ligadas ao hoje ministro a desviar recursos que recebeu da legenda via fundo eleitoral para despesas que n�o foram feitas em sua campanha. Segundo ela, a press�o ocorreu, inclusive, com o uso de arma de fogo por um homem que trabalharia para o PSL na regi�o. A professora aposentada, no entanto, n�o mencionou o epis�dio no boletim de ocorr�ncia que registrou na Pol�cia Civil de Minas. Ela disse que "esqueceu", e que o boletim era apenas uma formalidade para dar entrada no processo. "Vale o depoimento ao Minist�rio P�blico", afirmou.

Ao MP, ela relatou que representantes do partido prometeram um total de R$ 110 mil para sua campanha. "Afirmaram que R$ 50 mil viriam de doa��o da m�e de Marcelo �lvaro Antonio e R$ 60 mil do fundo eleitoral", disse. A candidata afirma ter recebido, no entanto, R$ 60 mil do fundo eleitoral.

Cleuzenir relatou que um assessor do partido disse: "Manda R$ 50 mil e fica com R$ 10 mil para voc� fazer o que quiser". "Respondi que n�o se pode fazer o que quiser com dinheiro de campanha", relatou.

Fam�lia

Dos R$ 60 mil recebidos do fundo eleitoral, Cleuzenir registrou R$ 12,7 mil como despesa com familiares - R$ 8.775 ao marido, Luiz Henrique Pereira, e R$ 4 mil para o irm�o, Wilson Antonio Barbosa. Segundo ela, os valores registrados para o marido s�o referentes ao ressarcimento pelo uso dos autom�veis do casal, que precisaram ser usados porque o PSL s� liberou o dinheiro para campanha em 18 de setembro. O valor � lan�ado tamb�m como doa��o do marido.

J� os valores para o irm�o, ela disse que foram para remuner�-lo pela coordena��o da campanha. "Ele foi o principal coordenador." Cleuzenir disse ter sofrido amea�as depois da den�ncia e que, por isso, se mudou para o exterior. "Temo pela minha vida."

Em nota, o ministro do Turismo afirmou que "considera a investiga��o uma �tima oportunidade de esclarecer os fatos e provar que sempre agiu estritamente dentro da lei". Procurado, o PSL n�o se manifestou at� a conclus�o desta edi��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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