Para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, o debate acerca da possibilidade de o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) deixar a pris�o em Curitiba para acompanhar o sepultamento de um parente s� coloca o petista "em voga posando de coitado". Lula perdeu nesta sexta, 1, o neto Arthur, de sete anos, v�tima de uma meningite.
O coment�rio foi feito no Twitter, em resposta do deputado a um usu�rio que publicou uma enquete a seus seguidores para opinarem sobre o tema. "Lula � preso comum e deveria estar num pres�dio comum", escreveu Eduardo. "Quando o parente de outro preso morrer ele tamb�m ser� escoltado pela PF para o enterro? Absurdo at� se cogitar isso, s� deixa o lar�pio em voga posando de coitado."
Lula pediu � Justi�a para deixar a pris�o temporariamente para se despedir do neto. Anteriormente, a Justi�a negou pedido semelhante feito pela defesa de Lula quando da morte de seu irm�o, Genival In�cio da Silva, o Vav�, no m�s passado. Na ocasi�o, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli interveio e liberou a ida de Lula a um encontro com familiares, mas a decis�o foi tornada p�blica no mesmo momento em que o corpo de Vav� era sepultado.
Lula tem direito de ir a enterro, dizem juristas
Especialistas em Direito Constitucional e Penal afirmam que o ex-presidente tem direito de sair para ir ao vel�rio do neto. "Lula foi impedido de participar do vel�rio de seu irm�o e, de �ltima hora, conseguiu uma decis�o inexequ�vel, pois o corpo deveria ir at� ele", lembra Jo�o Paulo Martinelli ao Blog do Fausto Macedo, criminalista e professor de direito penal da Escola de Direito do Brasil (EDB), para quem a ida a cerim�nias f�nebres � um direito fundamental.
Na opini�o do advogado Daniel Gerber, professor de Direito Penal e Processual Penal, trata-se de uma quest�o de humanidade, que neste caso, supera qualquer regra. "Aquela liminar dada, anteriormente, pelo ministro Toffoli, presidente do Supremo, naqueles termos, sem d�vida, se incorpora no pedido do ex-presidente para este momento", considera Gerber. "Justi�a sem humanidade � tirania".
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