O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.� Vara Federal de Bras�lia, revogou sua pr�pria decis�o de quebra do sigilo banc�rio do escrit�rio do criminalista Antonio Cl�udio Mariz de Oliveira. Na sexta-feira, 1.�, o magistrado tornou sem efeito a ordem, datada de fevereiro, depois que Mariz protocolou pedido de vista da decis�o que abria os dados financeiros de sua banca.
Vallisney anotou que cancelava a quebra do sigilo "considerando o pedido de acesso aos autos e os poss�veis requerimentos posteriores da advocacia Mariz de Oliveira". O magistrado assinalou que "tomou a cautela para n�o tornar a situa��o irrevers�vel".
Nesta quinta, 7, Vallisney encaminhou ao Minist�rio P�blico Federal, para manifesta��o, documentos juntados aos autos por Mariz.
A quebra do sigilo de Mariz provocou imediata rea��o em cadeia dos principais nomes da advocacia em todo o Pa�s. Mais de 1.600 advogados subscreveram manifesto de apoio a ele. A grande corrente de penalistas, civilistas e constitucionalistas classificou a medida judicial como "uma das maiores afrontas ao direito de defesa experimentadas desde a redemocratiza��o".
Quando o sigilo de seu escrit�rio foi quebrado, Mariz declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que n�o temia a investiga��o.
Na ocasi�o, o criminalista disse que ainda n�o tinha acessado a ordem judicial. Ele acredita que ela ocorreu no �mbito de uma investiga��o sobre o ex-presidente Michel Temer, sob suspeita de tentar silenciar o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (MDB/RJ) e o corretor L�cio Bolonha Funaro, que virou delator na Opera��o S�psis - apura��o sobre desvios e fraudes na Caixa.
Mariz defendeu ambos, Temer e Funaro. � defesa do ex-presidente ele renunciou no dia 29 de dezembro passado por "impedimento legal e �tico". Segundo Mariz, o impedimento surgiu a partir do momento em que foram arroladas testemunhas de acusa��o contra Temer que o pr�prio Mariz j� havia defendido em outras a��es. Uma dessas testemunhas � Funaro, delator do pr�prio Temer.
Mariz defendeu Funaro at� junho de 2016. Ao renunciar � defesa dele, o criminalista decidiu devolver parte dos honor�rios recebidos. A devolu��o ocorreu, informa Mariz, em duas etapas, somando R$ 300 mil, via banc�ria.
Defesa
O criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira Mariz n�o comentou a decis�o do juiz Vallisney de revogar a quebra do sigilo banc�rio do escrit�rio.
POL�TICA